Marcel Platón: Bem Tarja, aqui é o Marcel Platón da cidade FM.
Tarja: Oi, como estás?

MP: Bem, onde estás agora?
T: Estou em Berlim, Alemanha.

MP: É um festival ou outra coisa?
T: Sim, é um festival, entre os shows,  assim é mais relaxado e dá tempo para a promoção.

MP: Quero saber mais sobre teu terceiro álbum, What Lies Beneath. Escondes algum segredo?
T: Não, não não! Posso dizer-lhe tudo sobre ele. Comecei a escrever as canções há dois anos e o título foi o que me inspirou! Em primeiro lugar eu encontrei o título e logo tratei de descobrir o que havia debaixo que pudesse ver com os mesmos olhos! Tenho viajado muito, visto lugares e culturas diferentes, o que também me deu uma ideia! Sei que é melhor ficar olhando um segundo e ver o que há dentro dos outros.

MP: Como faz para convidar músicos tão populares? Refiro-me a Joe Satriani, Phill Labonte, Jason Hook e Will Calhoun.
T: É um privilégio trabalhar com essas pessoas que me rodeiam e valorizo a este excelente grupo com o qual encontrei há 3 anos! Sou uma garota de sorte por que consegui mantê-los comigo e demo-nos conta de que gostamos de trabalhar juntos! Joe Satriani, como guitarrista, é uma lenda, não há dúvidas. Estive com ele em Los Angeles durante a primavera, eu cantava a canção Falling Awake e ele gostou! Inicialmente no ensaio, eu estava muito nervosa/emocionada de como seria a reação dele enquanto eu cantava, mas ele gostou realmente e estava muito emocionado por trabalhar em tal composição! Isto oferece o condimento apropriado e francamente dou-lhe graças pela contribuição.

MP: Vi que Mike Terrana está em turnê com você. Quem canta contigo? Quem é o baixista? E quem é o guitarrista?
T: No baixo está Doug Wimbish, da banda Living Colour, a continuação um amigo seu do Apocalyptica (trata-se do violoncelista Max Lijia) e de seu colega Will Calhoun e o tecladista Christian Krestschmar, vindo da Alemanha, o guitarrista Alex Scholpp e, finalmente, a atmosfera, a música ambiental junto com a orquestra e coral.

MP: Existe algum corista ou músico que canta, ou não?
T: Não, eu tomei as rédeas deste álbum só para mim. Havia muitas incógnitas e pensei que eu deveria estar alí! E afora, quem poderia saber o que há em meu coração? Nada poderia cantar o que eu poderia expressar! É difícil escrever as letras das músicas quando não há envolvimento, mas é fácil quando realmente sentes a verdadeira sensação! Assim que decidi produzir meu disco solo, não foi fácil, especialmente porque havia microfones e monitores em minha sala de estar! Foi minha decisão pois queria me sentir livre.

MP: Para a edição especial você decidiu gravar um cover de Still of the Night, Whitesnake! Para lembrar algo, que você escolheu para a parte instrumental, ou é uma canção de Hard Rock cheia de energia?
T: Deus meu, Whitesnake 1987! Então meu irmão maior escutava Hard Rock e Whitesnake encontrava-se entre seus favoritos! Logo esta música influenciou em minha música, quando estava no Nightwish queria fazer o cover, mas os caras da banda não se mostraram céticos!
Realmente eu queria cantá-la, assim que disse: Agora é o momento... E na realidade quero dizer que esta parte me deu a oportunidade de destacar a orquestra e oferecer a versão deste hit, que gosto muito.

MP: Tens festivais e espetáculos grandes com orquestra e coral, aonde está mais próxima do público?
T: Ohhhh, a sua maneira são eventos diferentes! Mas acima de tudo eu gosto do teatro pela acústica! Não é criar a magia, não tornar o sonho realidade! Mas geralmente canto em lugares familiares e me sinto bem; em festivais e sabe que eu gosto de "paquerar" (os fãs), onde quer que seja, não há uma sedução, mas ao estar a frente de muita gente demonstrando que os quero.

MP: Lembra-se da canção Taivaan Enkele?
T: Taivaan Enkele?

MP: Li em algum lugar que cantaste esta canção há três anos diante de algumas pessoas em uma  peça de teatro para crianças?
T: (Risos) Por que me perguntas isso? Sabe, creio que algum dia serei mãe. Mas não é tempo ainda. Não creio que essas coisas estejam previstas, mas se tomas a decisão de não ter filhos, sei que vais arrepender-te depois! Realmente quero ser mãe e espero que algum dia... aconteça!

MP: Produziste este último disco. Te dá mais confiança ou é difícil encontrar produtor para tua música?
T: Creio que as duas coisas que mencionaste são verdade, incluido o fato de ser difícil encontrar um produtor para meu tipo de música que entenda a música clássica misturada ao heavy metal! Por outra parte, ou seja, ter confiança em mim mesma me faz uma menina e mulher. Sabes, a música me faz mais jovem, mais sã e mais feliz! É um privilégio ser músico!

MP: Prepara-te de alguma forma (física ou mental) antes de ir cantar?
T: Eu gosto de ensaiar constantemente e também aprender, e seja em Buenos Aires ou em outros lugares. Mas antes de entrar no palco tenho que ter um tempo para mim, para arrumar-me, devo estar apresentável ao público! Logo faço alguns exercícios. Tenho grandes emoções antes de entrar no palco e sei que a tensão está no ar, que não sou só eu, são as pessoas e os músicos que me acompanham! Mas quando começas a cantar todos os nervos desaparecem! Isso é o que acontece comigo. Estou nervosa antes do show, mas foco-me nas coias e tudo vai bem!

MP: Visitaste a Romênia 5 vezes! O que gostas daqui?
T: Ah, eu gosto da reação das pessoas à música, a paixão, isto varia de país para país. Mas na Romênia me sinto bem, agradeço aos que escutam e não posso esperar mais para voltar.