Cinco anos após o Nightwish, Tarja Turunen tem estado instrutiva e ocupada.  Na entrevista ela admite que tudo tem sido demais, mas que seu amor por canto e música manteram sua mente concentrada.
Tendo recentemente lançado seu novo disco, What Lies Beneath, Tarja realmente respirou fundo durante o último verão. Existem pelo menos dois motivos e ambas lhe proporcionam imenso prazer.  Fica um pouco mais cotidiano quando Tarja pinta sacadas e chãos da sua casa em Buenos Aires. Pintar requer muito esforço, assim como o lançamento do primeiro disco produzido por ela mesma... Foi uma grande jogada, e quando o trabalho estava finalmente completo, Turunen não conseguiu conter seu entusiasmo.

-O segundo disco foi a conclusão de um longo processo.  Há dois anos eu escrevi a primeira música deste disco, mas a conclusão foi muito fragmentada, turnês em parcelas e então consegui parar e me concentrar nas composições.
O ano de 2009 foi turbulento para Turunen, não apenas por ter de sair em turnês, mas também porque os projetos precisavam de divulgação.  No momento o disco What Lies Beneath está completo então Turunen ainda não pode descansar. A divulgação e futuras turnês deram um tempo antes das extensas viagens.

-Estou trabalhando e cantando o tempo todo, agora posso passar um tempo em casa, é uma sensação muito boa. Estou com o meu marido e comecei a pensar se em um certo momento eu não deveria parar e passar um pouco de tempo comigo mesma.  Mas eu consegui lidar com tudo e criei um ambiente que acaba com a fadiga. Agora eu posso ficar pouco mais de um mês na minha casa em Buenos Aires, eu faço limpeza todos os dias, é uma ótima terapia.

Você nunca deixa de aprender.

Tarja Turunen admite que após a era Nightwish tem sido difícil aprender. De repente não era mais o estilo de Tuomas Holopainen nas músicas, e por causa deste fator, o mecanismo de composição e produção de uma carreira nova foi inteiramente novo. Então após cinco anos ela decide ter toda a responsibilidade de produção em sua mãos, uma importante decisão.

-O primeiro disco foi quando eu tive um produtor e me entreguei a músicos novos e uma gravadora nova. Depois disso eu soube exatamente o que eu queria, e eu estava extremamente animada quando o baterista entrou no estúdio. Então pensei que eu poderia trabalhar naquilo. Eu tenho grande confiança nos músicos co quem trabalho e eles em mim, e isso faz tudo acontecer como deveria.

Você acha que foi testada em algum momento?
-Houve momentos em que uma coisa deveria ser feita de novo, e de novo e de novo, mas isso acontece. Você tentar jeitos diferentes e criar experiências. Sem problemas, embora pudesse ter sido diferente,  mas foi bom e eu deveria agradecer a todos que  compareceram pois nunca me senti sozinha. E eu saber o que queria também ajudou, é por isso que soa assim.

No What Lies beneath, o disco vai de clássico a Heavy Metal, uma longa distância para um cantor.
-Exatamente. Uma longa distância que eu viajei como artista em uma breve carreira. Sim, é assim que o disco soa, é o que eu gosto de escutar. Pode parecer brega, mas é verdade. Eu escuto muitas coisas diferentes.

Acredito que você escute, pois o cover de Whitesnake “Still of The NIght” aparece como faixa bônus.
-(risos) Eu já havia sugerido este cover ao Nightwish algumas vezes, mas por algum motivo isso nunca foi feito.
A verdade é que meu irmão, que é sete anos mais velho que eu, escutava muito Whitesnake, Alice Cooper e Guns ‘N Roses.  Sempre gostei de Whitesnake e Still Of The Night tem uma ótima “seção - c” e há muito tempo eu queria fazer um novo e bombástico arranjo e coro. Bem, agora está feito.

Você pensou em outros covers?
- Sim, pense em quantas grandes músicas já foram feitas. Foi muito difícil escolher apenas uma. House of Wax do Paul McCartney era outra. É uma grande música, porém irei guardá-la para o futuro.

Existe alguma música “sagrada” que você não faria cover por nada neste mundo?
- Sim! Por exemplo, Peter Gabriel tem muitas que eu não gostaria que ninguém mexesse, agora você sabe.

Buenos Aires está fazendo muito bem a Tarja Turunen. Tudo que posso dizer é que esta mulher está feliz.  
- Sim estou. Eu vivo um dia de cada vez e aprendi a aproveitar o momento. È maravilhoso ser feliz e ser amada. Espero poder me manter positiva e poder levar isso onde quer que eu vá.