Ela estava em Berlim. Cercada por uma tempestade e, ainda assim, antes de tudo, uma voz tão delicada e doce quanto firme e segura me perguntou como eu estava. A mulher que perdeu o Nightwish estava fazendo a promoção de um novo álbum, cujo nome é What Lies Beneath.
Depois de um bem sucedido My Winter Storm e as turnês que vieram como consequencia, como a colaboração com Doro Pesch na comemoração de 25 anos de carreira e uma colaboração com Scorpions na música The Good Die Young, a nativa de Puho, na Finlândia, retorna com uma nova produção, um tanto mais complexa e mais ao estilo de Tarja.
"Me sinto muito feliz de poder falar sobre meu novo álbum", disse a soprano.
Gótica: O que você está tentando dizer com What Lies Beneath?
Tarja Turunen: Quando você ouvir o álbum, vai perceber que é um álbum completamente pessoal, falar sobre mim e sobre o que tenho feito nestes últimos três anos. Eu tive a experiência de fazer um primeiro solo e sair muito em turnê em países onde nunca havia ido, o que é ótimo. Estive escrevendo canções por dois anos entre shows e turnês, músicas sobre como é a vida no meu mundo. Um mundo de fantasia, ou onde a fantasia encontra a realidade.
Como sua música evoluiu desde o My Winter Storm?
TT: É uma mudança drástica, mas acho que é muito natural, ao mesmo tempo. O álbum soa muito poderoso, é mais direto, no sentido das letras. Desta vez, a produção foi feita por mim. O álbum soa como o que eu realmente queria ouvir como artista, realmente conta uma história sobre mim.
Qual é a sua canção favorita no álbum?
TT: Oh! Não me pergunte isso! [Risos]. Eles são todas meus bebês, mas agora eu diria que Dark Star. Nela Phil Labonte, vocalista do All That Remains, canta também. Essa música também tem um sabor oriental, já que foi gravada em Istambul.
Você acha que na sua música ainda existem vislumbres de seu passado com o Nightwish?
TT: Minha música é muito diferente do Nightwish. Há um mundo de diferença, minha arte agora é mais livre, e escrevo canções com as pessoas que eu amo. Tudo o que permanece latente é a fusão do metal clássico.
Tem algum arranjo do qual você gostou mais?
TT: A banda de metal acapella Van Canto fez arranjos vocais para a música Anteroom Of Death. Foi incrível.
Como foi sua última experiência com o Scorpions?
TT: Eu falei pessoalmente com Klaus Meine. Me deu duas opções de música para a colaboração e escolhi The Good Die Young. Foi um prazer e uma honra estar em seu último álbum.
Tem algum plano de voltar a ser professora de canto?
TT: Adoraria. O lugar ideal seria em minha casa em Buenos Aires. Mas passo minha vida viajando há muitos anos e teria que tirar uma folga para voltar a ver meus alunos ..
Planos para o México?
TT: Já existem planos para um show no México. Toda a experiência tem sido incrível até agora. Fãs do México, quero que continuem sendo como são porque são um público belissímo.
2010 - "Eu tenho um mundo de diferença com o Nightwish"
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