Antes de você iniciar sua turnê na Alemanha em maio de 2011, você vai fazer alguns concertos de música clássica na Finlândia- assim como nos anos anteriores. Esses shows se tornaram uma tradição para você?

Realmente parece que vai se tornar uma tradição. Eu adoro terminar o ano com esses shows mais contemplativos,mais quietos. A atmosfera de concertos clássicos é muito diferente de um show de rock, e eu gosto disso. O trabalho que envolve esses concertos também desafia a minha voz clássica, e tenho que treinar intensamente.  Sinto que é muito bom para mim.

Aonde serão realizados os concertos clássicos esse ano?
Nós começaremos a turnê em Oulu, no dia 29 de novembro, e fazer 5 shows em 4 igrejas e um belo hall para concertos.

Existe alguma diferença entre fazer um concerto clássico e um show de rock?
Existe uma grande diferença! No shows de música clássica eu tenho que me concentrar muito mais na minha técnica vocal e na minha interpretação das canções. Eu também tenho menos equipamentos; na maioria das vezes nem mesmo um amplificador eu tenho. É só a minha voz que conta. Shows de rock tem mais adornos tecnológicos, tem a banda, então é mais relaxante para mim.  Eu também não tenho que cantar com toda a minha voz o tempo todo. Entreter é o mais importante em um show de rock, então eu tenho que fazer muito mais do que só cantar, tenho que animar as pessoas, fazê-las participarem do show.

Você é uma artista que viaja muito, então você passa muito tempo longe de casa.   Você gosta dessa vida?

Adoro estar em um palco, sentindo a energia dos fãs durante os shows, sentir como eles se entregam à música. Isso me dá uma energia incrível, e muita felicidade. Porém eu acabo não dormindo muito bem no ônibus da turnê, e me sinto um zumbi no dia seguinte. Essa é a parte menos bonita da turnê. Viajar pode ser muito exaustivo.

Você sente falta de casa quando está em turnê?
Muito raramente. O que sinto mais falta mesmo é de uma noite tranquila, em uma cama de verdade, e a possibilidade de dormir o quanto eu quiser. Como eu disse, isso não é realmente possível em um ônibus. Entretanto, quando a turnê acaba, fico sempre ansiosa para voltar para casa, e aproveitar meu tempo lá.

Você é uma verdadeira cidadã do mundo- você nasceu na Finlândia, e mais tarde, se mudou com seu marido para a Argentina. Durante seus estudos, você viveu na Alemanha. Aonde você se sente em casa ultimamente?
Eu aprendi a me sentir em casa aonde quer que eu esteja. Ás vezes até mesmo quando estou em hotéis, principalmente quando tenho a oportunidade de ter coisas que costumo ter lá, como velas perfumadas, ou um cd de música relaxante. Eu amo muito Buenos Aires- é uma cidade incrível e agitada. Eu gosto dessa atmosfera agitada que há lá, mas também gosto das belas paisagens que podemos admirar quando deixamos a cidade. Mas também não sou do tipo de pessoa que precisa ficar em um mesmo lugar para sempre, eu consigo me imaginar vivendo em país completamente diferente daqui a alguns anos.

Tem alguma coisa que você sempre tem que levar na turnê?
Pílulas de Equinácia ( N.E: planta medicinal que atenua as chances de desenvolver um resfriado comum). Elas me fazem ficar em forma, e me sinto muito relaxada saber que eu as tenho na mala caso eu precise delas.