Neste começo de 2012, Tarja está em turnê após o lançamento do álbum What Lies Beneath, com shows por toda Europa, de Portugal a Moscou, seguidos por performances nas Américas Central e Sul. Em dezembro de 2011, a cantora também lançou um DVD e CD ao vivo gravado no Sibelius Hall, em Lahti, sudeste finlandês.
Você é a primeira artista finlandesa a chegar a disco de ouro na Alemanha, tanto com a banda e em carreira solo. Quais são as maiores vantagens de uma carreira solo? Você sente falta de alguma coisa da sua época com o Nightwish?
Eu diria que tudo é diferente quando se trata de uma carreira solo comparado a quando você é membro de uma banda bem estabelecida. Eu tive que criar minhas próprias asas no mundo da música; no começo não foi fácil, mas estou muito feliz que consegui passar tudo isso. Eu, com certeza, me sinto muito mais confortável agora do que nunca. A liberdade que tenho para escolher as pessoas que vão trabalhar comigo, compor as minhas próprias músicas e produzí-las, é incrível. Não há barreiras ou egos para se enfrentar, porque, basicamente, eu tomo todas as decisões sozinha! E não, não sinto falta de nada dos meus anos com a banda.
Você é uma cantora muito versátil, que pode cantar no Savonlinna Opera Festival ou fazer um álbum pesado de metal. Em qual dessas situações você se sente mais confortável? Você se prepara para os shows de maneira diferente, dependendo do tipo apresentação?
Estes estilos são muito diferentes, então sim, minha preparação é diferente. Eu fico mais nervosa com as apresentações clássicas, já que não fiz muitas apresentações profissionais deste tipo antes de minha carreira no rock crescer. Antes de um concerto de música clássica faço alguns exercícios de respiração e faço mais vocalizes do que costumo fazer antes de um show de rock. Mentalmente, minha concentração é 100% nos aspectos técnicos do show. Eu ainda faço aulas particulares de canto, acho que isso é vital para mim. Em um show de rock posso me divertir, fazer o que quiser na hora. Eu adoro ver a platéia feliz com a minha performance, e as pessoas realmente me passam uma energia muito boa.
O verão de 2011 foi muito agitado para você. Qual show você diria que foi o ápice dessa época?
Eu havia escrito em meu blog que aquele foi o melhor verão da minha carreira até agora. Tive a oportunidade de cantar em diferentes tipos de shows e enfrentar novos desafios, como sempre faço. É difícil escolher, mas acho que o concerto com José Cura no Savonllina Opera Festival, na Finlândia, foi excepcional. Foi uma honra cantar com ele.
Você dividiu o palco com o Angra no Rock in Rio. Como foi essa colaboração?
Foi incrível estar no Rock in Rio! Conheço o Angra há muitos anos e trabalhei com o guitarrista Kiko Loureiro no meu primeiro álbum. Quando recebi o convite, disse “sim” imediatamente! Foi muito bom poder trabalhar com eles e rever meus lindos fãs brasileiros.
Você passa muito tempo viajando. O que você faz quando volta à Finlândia?
Eu geralmente visito minha família na região do nordeste da Finlândia, Karelia. Sinto ainda mais falta deles quando estou viajando. A gente ri muito, cozinha, fica na sauna, e aproveitamos cada minuto juntos. Eu também gosto de correr no campo, quando o tempo permite, é claro.
Existe alguem outro artista ou banda que você gostaria de trabalhar ou de dividir o palco?
Peter Gabriel é meu herói! Ele tem a voz, o carisma, e uma alma incrível. A gente precisa sonhar né?