Kevin Chown fala sobre Tarja.

 

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Você recentemente saiu em turnê com a Tarja. Como foi?

Foi uma ótima turnê. Mais de trinta países, eu acho. Quatro continentes. Foi uma ótima experiência. Fazer tantos shows assim nos fez levar a nossa performance para um outro nível. Quando a gente começa a chegar no meio da turnê, você já vai para o palco no piloto-automático, e essa é uma sensação maravilhosa. Foi uma LONGA turnê, então lá para o final a gente começa a perder o fôlego, mas acho que foi um dos melhores momentos da minha carreira. É muito raro hoje em dia poder fazer parte de uma turnê que leva você de um canto do mundo para o outro.

 

Qual foi o melhor momento da turnê para você?

Para falar a verdade, mesmo que a turnê só tenha acabado há apenas um mês, tudo parece um borrão já! Eu diria que a melhor coisa da turnê foi poder conhecer tantos fãs ao redor do mundo, e poder rever outros pela segunda ou terceira vez. Foi ótimo poder visitar a América do Sul...Já fiz shows em muitos países, mas, por algum motivo, nunca tinha ido à América do Sul! Eu adorei a Costa Rica e tive uma ÓTIMA estadia por lá. Fizemos muitos shows pela Rússia também. Também foi MUITO legal poder conhecer o Doug Wimbish na Argentina e fazer um show com DOIS baixistas. Doug é um cara muito legal, nos divertimos muito. É difícil escolher “o melhor momento”, mas se tivesse que escolher seria um que se estendeu durante toda a turnê: a intimidade e a camaradagem que nós desenvolvemos com a banda, a equipe e a Tarja. Nós nos tornamos muito próximos, e é uma sensação maravilhosa ter uma equipe tão boa dentro e fora do palco. É difícil estar em turnê dia após dia; você vive numa bolha; a banda acaba se tornado sua família. Convivemos uns com os outros todos os dias em um ambiente onde NADA é o mesmo no dia seguinte, e as únicas coisas constantes na sua vida são as pessoas à sua volta e a agenda que você tem que cumprir, que, geralmente, é a mesma, não importa o lugar que você esteja. A gente depende um do outro para tudo. É uma sensação incrível fazer essas grandes amizades, e a coisa mais difícil de se fazer depois é ter que deixar tudo para trás quando a turnê acaba. A bolha “estoura”, e, querendo ou não, você se vê de volta à vida real. E, depois de uma longa turnê como essa, é estranho estar de volta à realidade!

 

Qual era a música que você mais gostava de tocar?

Como o repertório mudava constantemente, é difícil escolher uma! Eu gosto de cantar, então Dark Star era sempre uma das minhas favoritas, mas também gosto das músicas mais lentas, como Underneath e My Little Phoenix. Eu, como baixista, gosto de “mover o ar”, e quando tem músicas mais lentas e mais espaço entre as notas, ás vezes você, literalmente, consegue sentir o local ressonar quando você toca determinada nota. Uma nota em uma pequena corda de baixo faz o mundo chacoalhar! É algo muito poderoso! As pessoas escutam o baixo com seus corpos tanto quanto os ouvidos, e nas músicas lentas eu gosto de fazer as pessoas sentirem isso. A alma está no corpo, não na cabeça. Gosto de ajudar as pessoas a encontrarem!


Você participará das gravações do novo álbum de Tarja?

Ainda não sei. As gravações ainda não começaram, e as guitarras e a bateria são os primeiros instrumentos a serem gravados. Eu imagino que, de alguma forma, estarei envolvido, é claro, mas isso depende da Tarja. Uma das coisas que eu mais gosto nela é que ela vê os músicos como parte do time e faz de tudo para dividir as atenções com cada um de nós, além de nos manter à par de tudo o que acontece no processo criativo, assim como nos shows ao vivo.