E: como tem sido este projeto do Beauty and the Beat com Mike Terrana? Pode nos contar um pouco sobre ele?

T: é realmente impressionante, fizemos nosso primeiro show na Bulgária em 2011, depois tivemos mais concertos na Europa, lindos, e até agora viemos apreendendo muito, tanto Mike quanto eu. É um grande desafio trabalhar com tantas pessoas, uma orquestra e um coro grande, ao redor do mundo, é um programa difícil. Enfim, agora estamos na américa do sul, e o Peru é o único país da região que visitaremos desta vez. A próxima tour deve ser por volta de 2015...

E: Deve ser difícil combinar sua voz, a bateria e a orquestra...

T: Sim, é. Nesta ocasião, teremos uma orquestra, um coro, Mike na bateria e eu cantando. Também há algumas músicas que Mike toca sozinho com a orquestra, o que é bem curioso para um baterista que é bastante explosivo, agressivo em seu modo de tocar, e, ainda assim, está tocando música clássica e ver como estes dois elementos se completam em cenários diferentes é genial. Imagino que comigo seja diferente, é mais fácil me ver cantando música clássica, mas com Mike é outra história.

E: Ele deve ter ganhado alguma experiência tocando com a orquestra que foi utilizada para gravar o disco do solista Victor Smolski. Sobre seus estudos, poderia dizer algo para nós? Se não me engano, você estudou em Sibelius...

T: Sim, estudei na Finlândia na Sibelius Academy e terminei posteriormente na Hochschule fur musik karlsruhe na Alemanha.

E: Você se considera uma vocalista de rock ou mais uma cantora de ópera?

T: Eu não sou uma cantora de ópera, mas eu canto música clássica - eu sou uma soprano lírica. Há uma diferença: sempre fui educada através de música de câmara, o que é diferente da ópera. Muita gente acredita que música clássica se resume a opera, mas não é. No meu caso, estudei para ser cantora de Lied (que são músicas propriamente ditas), que se interpretam com um pianista ou uma pequena orquestra. Música de câmara é uma música mais quieta. E isto sou eu, está é minha voz. Poderia sim cantar árias de ópera mas venho aprendendo, treinando minha voz, e, bom, respondendo sua pergunta: eu me considero uma artista, não quero me catalogar. É claro que eu uso minha voz, minha voz operática, em tudo que eu faço, já que eu não consigo cantar com nenhuma outra voz, esta é a minha, a que eu venho treinando e melhorando com o passar dos anos.

E: Como está sua filha? Me disseram que ela estava um pouco gripada ontem.

T: Não! Nunca esteve melhor. Que estranho te dizerem isso. Só esteve um pouco doente muitos meses atrás e tivemos a sorte de não termos que passar por períodos assim de novo até agora.

E: E você tem gostado da sua estadia no Peru?

T: sim, estamos muito felizes de estar aqui e termos alguns dias para descansar e relaxar. Realmente estamos há muito tempo já viajando com a equipe e com nosso bebê e de um lado para o outro, da Europa para América e da América para a Europa e é uma loucura. Estou com saudades da minha casa em Buenos Aires, de verdade, mas estamos felizes de estarmos aqui, alguns dias, relaxando... E os ensaios com o coro e orquestra correram bem, então sobra algum tempo para passearmos.

E: Obrigada pelo seu tempo.