Resenha feita por Sebastian Aranda

Victim of Ritual: Com esta música, Tarja nos apresenta um álbum totalmente inesperado quanto ao som, esta música em especial é altamente teatral, com duas partes contrastantes, uma parte orquestral impecável que logo em seguida se transforma em uma música rock. É um tema complexo que debe ser escutado com muita atenção para encontrar todos os detalhes. É uma música fascinante, a ponta do iceberg que CITD será, só uma pequena porção deste está a mostra, mas é o dono de uma ampla vastidão que uma pessoa deve descobrir por conta própria.

Lucid Dreamer: Esta música é cheia de imagens mentais de viagens e descobrimentos, com sons experimentais, como é o caso da voz da própria Naomi, é como submergir em um universo totalmente novo e desconhecido, deixando-se guiar pela voz da Tarja, aonde só a imaginação pode colocar limites ao que pode acontecer ali. Esta música é completamente comovente, e com ela ninguém poderá ficar indiferente.

Never Enough: Esta música mudou um pouco em comparação com a música com a qual a Tarja nos deliciou no Act I, está mais pesada com riffs de guitarra muito marcados, uma mudança brusca para aqueles que não ouviram, mas totalmente necessária para que ela se adapte à atmosfera do disco, a música evoca para mim uma ruptura, uma explicação do porquê tudo acabou e uma busca nova, por si mesmo, por seu lugar e por seguir em frente apesar de tudo.

Mystique Voyage: É uma música complexa e não basta ouvir uma só vez para capturar a sua essência, com um desenvolvimento lento mas que sempre avança, transmite uma grande sensação de calma, de estar bem consigo mesmo, talvez seja uma música lenta, mas realmente muito profunda.

Darkness: Pessoalmente, acho que esta é A música do CITD, é um cover de Peter Gabriel, em alguns momentos a música transborda força, e chega ao limite de soar quase cura, mas logo chega a uma sutileza impensável momentos antes, aquí é onde senti mais o desenvolvimento vocal da Tarja. Ela se apossou por completo da música, mas sem entrar em conflito com o original. Em uma palavra, é sublime.

Deliverance: Possui um grande desenvolvimento orquestral, podendo ser tranquilamente a música de uma orquestra, mais precisamente como uma em um filme do James Bond, possui uma grandiloqüência difícil de passar batida, soa muito ajustada em todas as suas partes.

Neverlight: É uma música potente, com riffs quase clássicos de metal, as guitarras principais tomam toda a atenção, mas também se nota muito os arranjos orquestrais que ela possui, uma das minhas favoritas no CITD.

Medusa: Uma música que começa lentamente, quase como se pedisse permissão, para poucos segundos depois surpreender com guitarras que irrompem de forma abrupta, mas sem quebrar a harmonia da música, sendo uma das mais notáveis do CITD, é a forma perfeita de se encerrar o álbum, com força mas sem perder a delicadeza, encerrando o CD com muita altura, potência e força, mas nem por isso menos sutil do que as demais músicas.

CITD: Com o My Winter Storm eu sinceramente não sabia o que esperar, era o primeiro álbum solo da Tarja, e nos foi uma surpresa grata; What Lies Beneath não é uma continuação linear do MWS,  mas se pode tomar como uma evolução natural deste, um disco mais maduro e profundo do que o seu antecessor, mas com CITD Tarja testa o solo e nos trás algo totalmente diferente, nos mostra um crescimento inesperado como compositora e como vocalista. O desenvolvimento de Tarja como artista parece não ter limites, CITD é um álbum com uma atmosfera predominantemente escura mas cheio de matizes, e às vezes chega a deslumbrar com seus detalhes de cores, e ainda tendo a escuridão reinante. Sinto que é otimista e que prevê um futuro brilhante. Há um antes e um depois desse álbum.

Resenha feita Romina Ordazzo.

$12)      500 Letters. É uma canção que começa de forma suave e logo as guitarras aparecem em cena. O refrão é extremamente pegajoso; cada verso é perfeitamente acompanhado pelo som da bateria. “I see you in your dreams”. Essa música é rápida para se aceitar de primeira.

$13)      Lucid Dreamer. “The moment is now”. “I'm a lucid dreamer”. O som da Tarja claramente evoluiu nesse álbum e Lucid Dreamer é a primeira prova confiável disso. Grande variedade de sons novos, alguns deles permitem que imaginemos brinquedos móveis suspendidos sobre um berço... e de repente, a risada de um bebê: Naomi.  “You can do anything”. “You can go anywhere”. A melodia vai se acrescentando à medida em que o final vai chegando.

$15)      Mystique Voyage. “Welcome to my Mystique Voyage... welcome to my world”. Definitivamente é uma música que, para alguns, precisará ser ouvida mais de uma vez para ser totalmente compreendida. Tarja canta em 4 idiomas diferentes, ainda que o inglês seja claramente o principal. Novamente, uma catarata de sons nos embriaga e nos mantém absortos. O final nos leva até a beira do mar, com um som muito parecido ao das ondas que quebram, uma e outra vez.

$16)      Darkness (cover de Peter Gabriel) Um grande acerto. Tarja não só conseguiu dar a si um gosto pessoal ao interpretar essa música, mas também mostrou que é capaz de tomar posse dela ao adicionar o seu toque pessoal. Claramente, Darkness é um dos detaques do CITD.

$17)      Deliverance. O fato de que a introdução se encontra fundida com o final de Darkness não lhe tira o mérito próprio, só a faz brilhar ainda mais. Deliverance é uma música digna de um filme, que poderia fazer parte da trilha sonora de James Bond ou algum outro do estilo. Uma das preferidas da maioria. O arranjo orquestral sobressai sobre o das demais.  Atraente, envolvente, fascinante. Dá vontade de ouví-la mais uma e mais uma vez.

$18)      Neverlight. Riffs de guitarra que arremetem ao final de Deliverance, e nos dão o pontapé inicial para o que está por vir: uma canção cuja energia se mantém do início ao fim e que não decai em momento algum. Poderosa, forte, potente: assim é Neverlight. Sem dar espaço para dúvidas, outra das prediletas. Se ouve “Insanity” uma vez ou outra. Novamente, destacam-se os arranjos orquestrais.

$19)      Until Silence. Primeira e única balada do álbum. Nos dá um fôlego e nos permite deminuir a velocidade a que o resto do álbum nos acostuma. Com sons de fundo que nos transporta a outro lugar. Distante. Lentamente, ela vai crescendo até o final.

$110)   Medusa. “Come to see me”. Se Victim of Ritual era a ponta do iceberg, Medusa seria a cereja no topo do bolo. O final perfeito, ideal. É outra das músicas que precisa ser ouvida mais de uma vez para ser entendida em todo o seu esplendor. “Feel the worlds colliding”. Ela poderia ser definida de várias maneiras. Interessante, cativante e atraente seriam adjetivos adequados para essa música.

CITD é um álbum muito mais maduro e trabalhado, no qual Tarja conseguiu encontrar o seu próprio som e estilo. A sua música evoluiu a lugares inesperados. E um álbum que atrai desde a primeira música e primeira ouvida. Ele nos permite viajar, imaginar, relaxar e, acima de tudo, aproveitar.

Resenha feita por Damian Ferreyra :

500 Letters – O que há de mais forte nessa música, fora a guitarra, é a letra: “Quinhentas cartas de um estranho à minha porta, porquê você me ama? Porquê você quer me ter?”. “Poesia sem nome”, “Um jogo infantil, um sorriso falso”. Mensagem para alguém que conhecemos. Ao fim, ella fala algo sobre abrir uma “carta final” com uma “última mensagem para mim”. Esta é uma das músicas que me fez lembrar Never Enough.

Lucid Dreamer – A primeira das músicas “pisca-pisca”. O refrão fala algo como “Você pode ir a todos os lugares, você pode fazer tudo, olhe para o espelho, eu sou uma Sonhadora Lúcida”. A atmosfera da música dá uma sensação de liberdade total. É lenta, porém potente (algo como a parte final de Into The Sun). “Glória, história” se repete muitas vezes. Há uma mudança brusca em certo ponto da música. O som se torna mais vertiginoso, e até parece o barulho típico feito ao rebobinar uma fita. Tarja brinca com sua voz, misturada com sons raros que Naomi faz com sua voz, também.

Mystique Voyage: A música começa com Tarja declamando versos ao estilo de Outlanders. Na parte em inglês, parece que Tarja nos apresenta um lugar (“bem vindo ao meu mundo”) bastante paradisíaco. Volta a aparecer a sensação de liberdade. Tenho que admitir que me perdi bastante porque não entendia os outros idiomas. Sem dúvida, merece ser ouvida mais vezes. O final me fez lembrar de “The Poet and the Pendulum”, quando se apresenta um cenário tranquilo, inclusive com o mesmo som de gaviotas, fazendo alusão à margem do mar em plena manhã. Toda uma viagem. Em outras reviews foi dito que parecia o som “como o de uma ampulheta”... não senti como se fosse assim, apenas senti simplesmente o vento nesse cenário que mencionei.

Darkness: Sou sincero...Me deu arrepios. Nos primeiros segundos nos encontramos em um ambiente obscuro e com uma música ameaçadora. Como se algo estivesse para nos atacar (me fez reviver momentos de Silent Hill). Um som metálico e muito forte interrompe esse mistério e todos os instrumentos começam a ressoar, criando uma versão perfeita do tema de Peter Gabriel. Impressionante o trabalho d etodos os músicos. Será tremenda ao vivo.

Deliverance & Neverlight: as duas músicas estão conectadas. Lamentavelmente, eu não tinha a tracklist em mãos e não consigo me lembrar de como cada um era XD Acredito que Neverlight arranca toda a fúria da guitarra de Alex. Uma das duas me agradou muito mais do que a outra, e ela se faz extremamente suportável.

Until Silence: essa séria a balada por excelência do disco.

Medusa: Me encantou. Não era o que eu esperava, mas não me decepcionou. A introdução é extremamente oriental. Não sei porque em outras reviews a relacionaram com “o começo: Vor”, para mim não tem nada a ver com o bolero de Ravel.  Há esse toque oriental, mas nada mais. Logo a canção vira uma espécie de trilha sonora de filme... não sei bem como descrever, mas a música fica digerível, evocadora e agradável.

Ao que parece, Tarja estava muito influenciada pelo rock alternativo. Para mim, isso é algo impressionante. Adoro os sons “pisca-pisca” deste tipo de bandas como Radiohead, Celldweller, Björk, etc. E o melhor de tudo é que não é uma cópia destas bandas mencionadas, é como uma fusão entre o que ela vem fazendo e a música alternativa. Também me parece que a orquestra soa mais potente do que no WLB, me faz lembrar a poderosa orquestra que acompanhou as canções de “My Winter Storm”.