Parte 1
Em que você se inspirou para a arte de capa do Colours in the Dark?
A capa tem a ver com a música do álbum. As cores são muito importante para mim, eu uso muitas roupas pretas e pra mim é uma cor muito forte, sempre me sinto confortável me vestindo assim e as cores, sim, são muito fortes assim como em minha vida, é muito forte. Sinto que toda viagem que fiz e estou fazendo são cores, elas representam pessoas, as músicas que eu escuto, muitas coisas da minha vida particular. Então na capa, eu quis usar uma foto como em todas minhas capas, eu adoro fotografia. Fomos á India tirar fotos com um fotógrafo que eu encontrei na internet, eu amei seu trabalho e queria trabalhar com ele e por sorte foi possível. Eu queria representar como minha vida é uma loucura, sim é uma loucura, muito forte, o que você pode ver na capa é como minha vida.
Como foi a gravação do vídeo Victim of Ritual?
A gravação levou bastante tempo, minhas partes sozinhas levaram cerca de 17 horas é sempre assim, quando você grava um vídeo leva muito tempo, um dia, dois dias, é muito difícil mas, foi um ótimo trabalho que fizemos com o diretor que encontramos no lugar que gravamos o vídeo. Ele conta uma história, como sempre em meus vídeos, amo histórias mais do que vídeos onde só há a banda tocando...e o vídeo fala sobre as cores que você pode ver no álbum.
Onde gravou o álbum e como foi o processo?
Aqui (Buenos Aires) e em todo o mundo. Aqui gravamos bateria e guitarras e algumas canções, vozes. Mas o resto os artistas gravaram em seus próprios estúdios, todos tem equipamentos profissionais em casa eles gravam muito e foi muito fácil pra mim ter Mike Terrana, Alex Scholpp aqui e começar a trabalhar. Eu estava grávida de sete meses então não pude mais viajar então ficamos aqui e começamos as gravações. E o estúdio El Pie, sempre o adorei, trabalhei bastante lá antes então conheço as pessoas e é confortável. Mas os vocais eu sempre gravei no Caribe e terminamos a mixagem no Texas com Tim Palmer. Já tinha trabalhado com ele antes no What Lies Beneath. Ele mixou 3 ou 4 músicas e eu vi como ele trabalhava e amei, gosto muito de estar com ele e me sentir livre com ele e sentir que ele já me entende e isso é uma parte muito importante na produção.
Como surgiu a colaboração com Justin Furstenfeld (Blue October) na música Medusa?
Já faz muito tempo que sou seguidora de seu trabalho, adoro sua voz, a emoção que ele carrega na voz é incrível. Ele fez um trabalho maravilhosa na Medusa e me deixou muito feliz. Eu o contatei e ele aceitou. Foi muito legal. As vezes as coisas acontecem assim e muita coisa acontece comigo como...surpresa! Foi uma ótima surpresa.
Ultimamente você tem feito duetos com vocalistas masculinos, mas no passado você fez uma colaboração com a Doro. Que outra vocalista (mulher) você gostaria de trabalhar?
Ótima pergunta...Tori Amos? (risos), por exemplo, ou...sim, tenho todos seus álbuns, adoro seu trabalho, sua carreira, o jeito que ela faz as coisas como compositora. Sim, Tori Amos seria bem legal.
Sabemos que você gosta de fazer experiências com sua voz. O que fez nesse álbum que não tenha feito antes?
Que eu nunca tenha feito? É muita coisa pra se dizer...mas quando eu tinha 12, 13 anos eu gravei pela última vez minha voz pela garganta, eu nem tenho mais esse controle, perdi total o controle de minha voz de 'falar' mas eu tentei cantar assim em Darkness e em Medusa também um pouquinho, gritando. ( é como você fez em The Siren, a reporter pergunta) sim, sim, é. Mas foi uma ótima experiência porque adoro jogar com minha voz, hoje em dia tenho essa liberdade, minha voz é bem mais flexível do que antes. Por que? Creio que esse ano passado eu cantei mais do que nunca na minha vida. Porque estava em casa com minha filha, é a primeira vez em 12 anos que fiquei mais de um mês no mesmo lugar. Então ficamos em casa, tranquilos, com a nova experiência de ser pais além de estar em casa, tendo aulas com minha professora e isso foi muito bom pra mim.
Você ousaria fazer coisas mais loucas no futuro? Como grunts, por exemplo?
Não. A voz que eu tenho é essa e já basta. Sempre vou seguir jogando com ela, mas experimentar fora disso que eu tenho...acho que não. Creio que é algo que tenho que cuidar muito bem. Sempre estou pensando se estou fazendo algo errado e isso me deixa nervosa. É a única coisa que eu tenho na vida.
Como sua rotina mudou desde o nascimento de sua filha?
Minha rotina mudou mas não é uma mudança terrível como eu pensava como 'oh meu deus, não vou conseguir continuar minha carreira' por exemplo. Eu tinha muito medo de não conseguir seguir minha carreira como artista sendo mãe, era um medo, um terror. Mas não é assim. Estou muito feliz que minha filha me deixa trabalhar do mesmo jeito. Claro que teremos que pensar um pouco mas para organizar as coisa, para que ela não sofra. Mas a primeira coisa é: se eu ver que ela está sofrendo eu vou parar tudo, largar tudo. Ela vem em primeiro lugar agora. Mas minha rotina...tenho cuidado dela todo dia, não tenho muito tempo para cuidar de mim. Tenho que ter uma babá para ter algumas horas por dia para ir á academia, ainda nem comecei! Então me sinto muito mal, porque o tour está chegando e estou nervosa porque não tenho a condição física que tinha antes, tenho só alguns meses para isso.
Quando teremos um show seu aqui na Argentina?
Tenho alguma ideia...em setembro do ano que vem. Nós estaremos fazendo o tour da América do Sul e é claro que a Argentina estará incluída.
Se algum dia pudesse cantar em uma ópera, qual seria? E que papel gostaria de interpretar?
Eu adoraria interpretar Mimí (La Bohème - Puccini). Seria um sonho para mim. Mas há muitas óperas, mas Mimí é algo que venho cantando há muito tempo.
Sabemos que quando está aqui e quando está em tour gosta de ir á concertos. Dos que viu até agora, qual mais te impressionou?
Estou sempre indo ver concertos bem diferentes, artistas diferentes, música clássica, ópera, fui ver Bocceli e amei seu concerto. Que mais?...encontramos Roxette, eles me surpreenderam bastante! Bandas de metal também, ás vezes vou ver Rata Blanca, sim, muitas coisas. Eu gosto porque é bom de ver a paixão do povo argentino, como cantam, o solo da guitarra, tudo é muito lindo de ver e me traz muita felicidade.
Os fãs querem ver sua tatuagem. Quando você vai mostrar?
Quando eu tiver 500.000 pessoas...likes no Facebook! É uma tatuagem bem pequena. (tem pensado em fazer outra?) não! Só esta, não estou doente!
Parte 2
Tarja responde o questionário do 'Inside the Actor's Studio'
Qual sua palavra favorita?
Muito difícil...muitas palavras em finlandês que não posso dizer (risos)
Qual a palavra que menos gosta?
Outra vez mais palavras em finlandês! Mas há uma pior que todas...P-E-R-K-E-L-E! (Risos)
O que te emociona?
Pessoas positivas, música, minha filha, minha família, histórias lindas...só.
O que te desmotiva? Que te deixa mal?
Pessoas ruins, pessoas estúpidas.
Qual o som que você mais gosta?
O som do mar.
Qual o som que você mais odeia?
Não gostaria de dizer isso...(risos), mas é quando meu marido está roncando! Odeio isso!
Qual seu palavrão preferido?
V-I-T-T-U
Que outra profissão gostaria de tentar?
Adoraria atuar.
Que profissão não gostaria de tentar?
Não gostaria deixar meu trabalho...qualquer outro trabalho não me agrada...
Supondo que o Céu exista. O que gostaria que Deus te dissesse ao chegar ás suas portas?
Turunen! O que você está fazendo aqui?!
Uma saudação aos seus fãs argentinos.
Olá a todos, amo muito vocês. Saudações de Buenos Aires finalmente estou aqui! Adoro vocês, tchau!
Entrevista: Tarja Argentina
Tradução: Carol Cortina