"T:Sou finlandesa, obviamente, mas agora já faz muito tempo que vivo aqui. Trato de falar com sotaque argentino (risos). Buenos Aires me encanta. Não sou a primeira ou a única Europeia a dizer isso. Todos dizem o mesmo. Sempre me perguntam coisas de Buenos Aires e adoro contar as coisas daqui, óbvio!
Minha voz é para o que eu respiro, é meu estilo de vida, ser cantora. Com esse disco [CITD] encontrei meu próprio som, algo que estive buscando por muitos anos.
E: O que te leva a escrever essas letras? Por que me parece que tem uma vida muito iluminada, e na verdade as letras tem mais escuridão.
T: Sim, sempre há certa quantidade de escuridão, creio que há certa escuridão em minha alma, não sei. Mas essa escuridão não é algo mal, é algo lindo, e é aí que eu busco.
Esses discos tem muito sobre minha vida pessoal, isso é muito importante para mim.
E: Você começou estudando piano clássico.
T: Sim, sim...
E: E agora é mais rockeira do que clássica? Ou é mais metade metade?
T: Sim, é metade metade. Tenho muitos concertos hoje com música clássica também, com orquestras, com música de câmara, não ópera. Mas rockeira também, sim, é uma história diferente porque me convidaram para cantar uma demo que não tinha nada a ver com rock ou metal, mas adorei a música.
E: Qual você mais gosta? O clássico ou o rock?
T: Essa é minha mão de rock. Essa é minha mão de clássico. Os dois se juntam e vivem juntos. Como cantora lírica, o canto lírico me ajuda a cantar rock, então eles se unem. Não são tão diferentes, no meu corpo, na minha cabeça.