1. O que “Ave Maria” representa na sua vida ao ponto de você gravar um álbum inteiro com diferentes versões dessa música?
Eu sempre gostei de cantar Ave Maria’s, desde que comecei a fazer aulas de canto lírico. Acredito que, na música de câmara, minha voz soa melhor. Este é o estilo que mais tenho estudado como cantora lírica. Ao longo dos anos, sempre incluí Ave Maria’s nos meus concertos natalinos. Por isso, há alguns anos, decidi compor uma versão para as turnês que estavam por vir.

2. Um álbum com diferentes versões de uma mesma música é algo completamente novo na sua carreira. Além deste, qual o maior diferencial desse lançamento em relação aos outros projetos clássicos que você possui?
Eu tenho que deixar claro que todos vocês entendem sobre o que é esse álbum. Eu não gravei diferentes versões de Ave Maria, mas diferentes músicas nomeadas Ave Maria. Todas elas são de diferentes compositores e possuem estilos completamente diferentes. Eu não sou, definitivamente, a primeira cantora a realizar esse tipo de projeto. Você pode encontrar vários outros álbuns de Ave Maria’s de cantores clássicos. Existem mais de 4000 versões dessa música. Esse álbum é gravado ao vivo, sem nenhum truque de estudio ou edição posterior.

3. As capas do cd foram muito bem recebidas por seus fãs. Qual a idéia ou conceito atrás do seu figurino, cabelo e maquiagem?
O estilo do arquiteto Alvar Aalto foi a inspiração para o meu visual.

4. Qual a sua versão favorita para cantar, além da que você compôs? Qual a mais desafiadora, e por quê?
A do Piazzolla é uma das mais desafiadoras, porque é de estilo contemporâneo. Eu amei cantar a versão do Saint Saens porque possui um estilo romântico; mas todas as Ave Maria’s que gravei nesse álbum são minhas favoritas.

5. Quanto tempo você levou para compor sua Ave Maria? Quão desafiador foi para você?
Na verdade, demorei apenas algumas horas. Eu estava bastante inspirada naquele dia. Sem o maravilhoso arranjo com órgão feito por Kalevi’s, minha composição não seria a mesma.

6. Há possibilidade de vermos uma influência de música sacra com elementos de canto gregoriano em algum dos seus futuros trabalhos?
Eu realmente não pensei sobre isso, mas estou acostumada a utilizar minha bagagem clássica no rock, e vice versa. Portanto, é possível.

7. Você percebe que, a cada dia, há mais interesse dos seus fãs no metal por sua carreira clássica, levando em consideração a popularidade que “Ave Maria Em Plein Air” tem conseguido na mídia, especialmente na internet?
Eu estou muito feliz que meus fãs e ouvintes me compreendem por completo, como uma artista profundamente envolvida tanto com rock, quanto com música clássica. É maravilhoso!

8. Você sempre sente uma grande responsabilidade em recuperar e inovar canções tradicionais como Ave Maria? Você cobra de si atenção especial quando interpreta clássicos?
Eu sempre reservo bastante tempo pra me preparar para minhas apresentações de música clássica, ao vivo ou não. São necessários meses para estar pronta para esse tipo de gravação. Eu precisei fazer uma séria pesquisa para decidir o que eu queria nesse álbum. Também precisei, cuidadosamente, preparar tudo com minha professora de canto, com o objetivo de seguir e respeitar o estilo do compositor, no canto.

9. Entre seus fãs, tornou-se tradição esperar pelos seus concertos natalinos a cada dezembro, principalmente na Finlândia. Neste ano, você levará esses concertos a outros países: Alemanha, República Checa, Suíça e Rússia. Podemos esperar músicas dos seus CDs clássicos anteriores, ou dessa vez você pretende focar apenas no Ave Maria En Plen Air?
Eu cantarei, principalmente, músicas do Ave Maria Em Plen Air, mas outras músicas natalinas também serão incluídas no programa dos concertos.