[extrato do podcast em finlandês]
Lauri: Uma pergunta sobre a última música que você compôs: quanto dela veio de você ter um sentimento de "eu quero escrever uma música sobre isso" e quanto veio de "isso eu consigo, isso eu posso cantar"?
Tarja: Não tem nada disso, quando estou escrevendo uma música, isso de "o que eu tenho capacidade de fazer". Há muito “isso é o que quero, está é a música que quero escrever, espero compor dessa forma”. Há um desejo. Quando a música está pronta, concreta, é possível fazer criticas, "isso é o suficiente". Por exemplo, a última do álbum, “too many”, não escrevi de imediato. Eu queria escrever uma música longa, que não durasse apenas três minutos e meio, como é comum. Consegui algo com cerca de sete minutos. Sentei e pensei: vamos fazer uma música de rock progressivo. Queria duas baterias. Eu tinha certas coisas em mente antes de escrever e tinha uma ideia sobre como a música seria. Para mim, a música sempre vem antes da letra. Sempre. Na verdade, nunca escrevi primeiro. É, de alguma, forma esquisito. Deveria tentar algum dia, mas isso é totalmente diferente quando escrevo para cada álbum. Com essa música, eu queria me entregar. Disse a mim mesma que ela seria a ultima do álbum e desejei que isso me desse o sentimento de esperar por coisas ainda melhores no futuro. A ideia me fez terminá-la. Ela essa deve trazer a mesma esperança para quem ouve, de que algo melhor está por vir.