A cantora finlandesa (e quase argentina) Tarja Turunen lançou recentemente o seu novo álbum "The Shadow Self". Tivemos a oportunidade de bater um papo com ela a respeito e perguntar sobre os seus planos de shows em nosso país. Continue lendo abaixo!
E: Primeramente, parabéns pelo lançamento de "The Shadow Self"! Em outras entrevistas, você disse que o nome do álbum vem de uma entrevista de Annie Lennox, sobre a parte dela mesma que a faz ser artista. Como você descreveria o seu próprio "ser sombrio"?
T: Me dei conta que há uma certa obscuridade em mim, apesar de me considerar uma pessoa positiva. Eu abraço a obscuridade com amor, porque sem ela não seria capaz de criar músicas. É a minha força criativa, por assim dizer, e a chamo de minha "sombra". Tenho a sorte de poder me expressar com minha arte, em tempos bons e ruins. Não há tantas pessoas que tem essa sorte em suas vidas em geral, porque não podem encontrar uma maneira de escapar suas tristezas e frustrações. Se eu me sinto mal por algum motivo, posso escrever uma música a respeito e me sentir melhor. É uma linda bênção.
E: A sua música tem uma qualidade cinematográfica e isto é muito aparente no novo álbum, especialmente em canções como "Diva", por exemplo. Quando escreve estes tipos de música, você as imagina como se fossem filmes de verdade? Como é o seu processo de composição?
T: Para a música "Diva", a inspiração veio do filme "Piratas do Caribe" e sua trilha sonora. Eu estava no caribe no momento, então o ambiente em particular ajudou muito a escrevê-la. Um dos meus maiores sonhos seria poder criar a trilha sonora de um filme e assim ver se sou realmente capaz de fazer isso. Eu crio imagens com a minha música o tempo todo, então os filmes e trilhas sonoras são uma grande influência para mim. Escrevo músicas sozinha ou com mais alguém. Sempre uso teclado ou piano para compor e a melodia é o que me vem primeiro. Somente depois penso na letra, apesar de muitas vezes já ter a história em mente enquanto componho.
E: Você gravou este álbum com músicos do mundo todo. É difícil coordenar tudo isso e mesmo assim fazer um disco com uma sonoridade tão coesa como é "The Shadow Self"?
T: É como um enorme quebra-cabeças com o qual me ocupo, de fato. Não poderia fazê-lo sem a ajuda e coordenação do meu manager. Especialmente porque normalmente produzir álbuns me toma muito tempo já que estou sempre em turnê e fazendo outras atividades musicais. Não posso simplesmente me fechar em estúdio por três semanas e terminar tudo, porque não tenho uma banda. Se eu não levar um bom registro do que foi gravado, não posso produzir os meus discos corretamente. Tenho uma grande equipe de músicos e compartilho toda confiança com eles. Eu fui extremamente sortuda em encontrar estas mentes brilhantes e talentosas com quem trabalho.
A produção dos meus álbuns não é um processo fácil, mas eu desfruto de cada parte do processo. Eu amo produzir os meus discos!
E: Você já tem grandes conquistas em sua carreira. Ainda há sonhos que queira realizar, no lado pessoal e profissional?
T: Há tanto para se aprender na música! Espero poder continuar a realizar meus sonhos com a música por muito tempo e ter projetos que me façam evoluir como artista.
E: Que tipo de música você tem escutado ultimamente? Tem algum artista para recomendar aos seus fãs?
T: Eu escuto música principalmente quando estou dirigindo! Normalmente é rock ou metal, senão eu sairia da minha rota (risos). Em casa, se quero relaxar, escuto trilha sonora de filmes ou algo tranquilo como Sade, Sting, etc. Vocês deveriam escutar uma banda chamada Blue October, dos Estados Unidos. Eu fiz um dueto com o vocalista no passado, Justin ("Medusa" do Colours in the Dark).
E: Já faz muitos anos que você sai em turnê e faz vários shows. O que te mantém motivada? Como é pra você a experiência de tocar ao vivo?
T: A música e a minha voz me mantêm motivada. Em todo caso, eu treino muito minha voz e cuido para melhorar no canto lírico, porque vejo que é o treinamento que me permite cantar rock mais livremente. Eu nunca poderei ser perfeita, mas posso buscar a perfeição. Eu realmente amo os shows com meus músicos talentosos. Amo curtir com eles e como meu público de todo mundo. Sempre brindo pelos grandes shows, não importa quão cansada eu esteja. É uma grande bênção poder trabalhar com o que eu mais amo: a música.
E:Você tem planos para fazer alguns shows na Argentina? Quando poderemos vê-la novamente?
T: Estamos planejando shows na Argentina em alguma parte de 2017. Primeiro sairei em turnê pela Europa e no ano que vem vamos a outros continentes. Eu realmente sinto falta dos meus fãs e público argentinos!
E: Muito obrigada por responder nossas perguntas. Há algo que queira dizer aos sehs fãs argentinos?
T: Quero agradecê-los por todo apoio e amor. Por sempre me receberem tão calorosamente. Sinto que os argentinos tem um um lugar para minha arte em seus corações e isto é realmente algo muito especial. Obrigada por tudo! Espero vê-los em breve!