Tarja Turunen: Road to Italy

Tarja retorna à Itália para duas datas realmente únicas. O novo álbum, "The Shadow Self," foi lançado há poucos meses, precedido pela prequela "The Brightest Void". As datas são para a segunda, 28 de novembro no Teatro Obihall de Florença, e terça, dia 29 de novembro, no Teatro della Luna, em Assago. No caso desta segunda data, será gravado o próximo DVD ao vivo, “Act II,” portanto realmente é imperdível. Esta foi a nossa última conversa com a cantora.

E: Olá, Tarja, bom retorno ao metallus.it. Comecemos pela tour, os shows italianos se aproximam. Como é sua relação com o nosso país? Sei que você escolheu alguns países em particular.

T: Desde sempre tenho um relacionamento magnífico com o meu público italiano e com a Itália em geral. Toquei várias vezes na Itália, mas desta vez pedi especificamente para tocar no Teatro della Luna, em Assago. Já toquei ali e escolhi o lugar para gravar o novo DVD ao vivo, “Act II”. Conhecendo bem o lugar, pude estudar de forma mais adequada o palco e o desenvolvimento do show. Estas gravações ao vivo sempre dão muito nervoso, porque tudo deve se sair bem, e portanto conhecer o lugar te coloca em uma situação de vantagem. Não vejo a hora, espero que sejam shows estrondosos, seja em Milano ou na Florença. Tocaremos uma setlist mais longa em relação aos outros shows, com uma produção maior. Nos divertiremos bastante!

E:Você atualmente está promovendo o último álbum, “The Shadow Self.” Que retorno você recebeu até agora?

T: Está indo muito bem. Comecei a introduzir as novas músicas já durante os festivais de verão em toda a Europa. Durante o verão, estivemos concentrados em um pouco de shows na Finlândia, que foram muito bons. O show com estas novas músicas é muito emocionante, também devido a uma banda composta por ótimos músicos. Sou muito feliz neste aspecto. Nos divertimos muito juntos. É algo que penso que se possa sentir mesmo de fora, e que se transfere ao público que está à sua frente toda noite. De toda forma, o retorno até agora foi positivo. Estou muito feliz!

E: Como sabemos, houve também uma prequela, alguns meses antes da saída do álbum oficial. De onde nasceu a ideia de trabalhar com esse lançamento duplo?

T: Fundamentalmente, foi algo muito natural, devido à forte criatividade dos últimos dois anos, durante os quais escrevi muitíssimo material. Eu tinha muitas músicas. Na realidade, o meu objetivo era lançar um álbum só, mas eram tantas músicas que eu teria odiado lançá-las como faixas bônus ou edições especiais. Elas não eram b-sides, mas canções com sua própria dignidade. Lançar “The Brightest Void” me deu de tal forma a possibilidade de lançar alguns covers de músicas muito importantes para mim a nível pessoal, além de convidar Michael Monroe, com quem escrevi uma das músicas presentes no álbum. Foi um trabalho muito grande entre registro, produção e muitas outras coisas, mas valeu a pena, imagino que também para os fãs.

E: De volta aos shows, olhando os setlists recentes, não há praticamente o menor traço do seu passado com o Nightwish, exceto por um medley de 4 ou 5 músicas. Penso que seja algo positivo, mas o quão difícil foi se separar quase completamente desta experiência?

T: Sim, propusemos um medley que reune algumas músicas do Nightwish, é uma coisa muito divertida na realidade, seja para tocar quanto para se ouvir, acho. Com a minha banda, conseguimos fazer novos arranjos das peças, de modo a propor uma versão reunida e mais fresca, seguramente diferentes das originais. Para mim tudo isso é muito natural, especialmente em virtude da posição em que me encontro agora no ramo da música. Quando as pessoas participam do meu show, não se espera mais ouvir músicas do Nightwish. Felizmente, agora, posso caminhar sozinha, mas também sei que sem aquela experiência passada, eu não seria onde estou agora. É certamente uma situação muito diferente. Primeiro, eu era apenas uma cantora em uma banda. Hoje sou uma artista mais completa, que segue todo o processo criativo. É uma grande responsabilidade, mas é algo que eu absolutamente não mudarei.. Não tenho nada contra participar de projetos ou bandas no futuro, mas ser uma artista solista me dá uma liberdade incrivel, com a possibilidade de me expressar por completo.

E: Falando de seus outros projetos, me lembro de seu show italiano com Mike Terrana. Muito interessante. Você tem um projeto para outros lançamentos ou colaborações do tipo?

T: É algo que quero, sem dúvida, levar para a frente. No que diz respeito ao lado clássico, houve e ainda haverá diversas ocasiões para fazer shows ao vivo e espero em breve poder lançar também meu segundo álbum. Não tenho nada projetado por enquanto, mas haverá logo um novo projeto com orquestra sinfônica, seja ao vivo ou em estúdio.

E: Terminemos com os próximos shows italianos. Como sabemos, você gravará o novo DVD, então pode nos dar qualquer adiantamento a mais sobre a setlist e surpresas eventuais?

T: O Act I se concentrava nos meus primeiros álbuns como solista. Para este Act II, me concentrarei nos últimos três álbuns de estúdio, haverá portanto muitas músicas destes trabalhos. Haverá também um set acústico por volta da metade do show. Será um concerto muito atmosférico, super rock mas com aquele toque que hoje penso que já me é característico. Rock, mas emocionante. Haverá várias coisas belíssimas.