Tarja Turunen é uma cantora e compositora finlandesa que ficou mundialmente conhecida como a primeira vocalista da banda finlandesa de metal sinfônico Nightwish, entre 1996 e 2005. Após sua saída, ela logo iniciou uma belíssima carreira solo. Tarja é a cantora mais popular de seu país, eleita “A Voz da Finlândia” pela presidente Tarja Halonen.

Ela virá ao Brasil em maio desse ano, com sua turnê do mais novo álbum: “The Shadow Self”, de 2016.

O Imprensa do Rock está honrado em receber as respostas da grande Diva:

IDR: Você é considerada a “Diva” do metal, influenciando muitas outras cantoras desse meio. O que você pensa sobre isso?
R: Eu estou comemorando meus 20 anos no negócio da música este ano, assim que eu sinto muito feliz e agraciada por existirem pessoas que seguem minha carreira, e que vêem isto como um exemplo para seu trabalho. Eu tenho trabalhado muito duro para chegar onde estou no momento, musicalmente e pessoalmente também, então eu acredito que aquele que está me vendo como seu ídolo, é definitivamente consciente do que ele requer para viver seus sonhos.
Estou feliz por poder ser uma fonte de inspiração para outra pessoa. É uma bênção.

IDR: Diga-nos como é ser a filha da pátria mais metaleira do mundo? Como é o cenário em sua terra natal?
R: O metal toca nas rádios, o metal tem performances na TV, e o estilo musical é quase como um mainstream, em meu país de origem. Estou orgulhosamente agitando a bandeira da Finlândia no exterior, mesmo que eu não esteja mais vivendo lá. O ambiente com invernos longos e escuros, talvez tenha sido a razão para que muitas bandas de metal nasçam, mas principalmente a melancolia se encaixa, e se aprofunda na alma de uma pessoa finlandesa.

IDR: Existe algo na música que ainda quer fazer? Existe algum ídolo que você ainda não conheceu e gostaria de compartilhar o palco?
R: Há uma abundância de artistas que eu adoraria trabalhar no futuro, mas apenas citar um deles, não seria justo. Músicos conhecem músicos e, de alguma forma, todo o negócio da música onde eu estou envolvida, é um círculo bastante pequeno. Então, se você realmente quer trabalhar com alguém querido para você, você vai acabar fazendo isso. Pelo menos eu tenho experimentado isso em minha carreira, e tem sido incrível.

IDR: Você tem alguma música, do Nightwish ou mesmo de sua carreira solo que gosta de cantar? E uma que você não gosta tanto? Por quê?
R: Tem muitas canções do Nightwish que eu gosto de cantar até hoje, e outras que eu não gostava de cantar enquanto eu estava na banda. Só porque eu não era capaz de cantá-las naquele tempo ainda. Hoje em dia, com uma técnica de canto melhor, cantar definitivamente ficou mais fácil, e muitas das canções antigas sinto que se tornaram mais fáceis para mim agora. Se eu sentir vontade de cantar uma música da banda, vou fazer isso porque não tenho nenhum problema com as belas música que fizemos juntos por muitos anos. Mas isso não acontece em todos os meus concertos, todas as noites.
Eu não sinto a necessidade de cantar músicas do Nightwish em meus shows, já que tenho muitas músicas solo.
De minhas próprias canções, as canções as mais queridas são geralmente aquelas, que eu realmente amo cantar ao vivo. Por exemplo: “Love to hate” – do meu último álbum, é uma delas

IDR: Você esteve no palco com muitas pessoas famosas, e isso em todo o mundo. Por favor, compartilhe um desses momentos, talvez um emocionante conosco?
R: Sim, tive o prazer e a honra de compartilhar o palco com muitas almas bonitas e pessoas talentosas. Uma das experiências mais desafiadoras foi cantar junto com José Cura, um cantor de ópera argentina há alguns anos, em um festival de ópera na Finlândia. Eu estava tão super preocupada com a apresentação. Mas ficou super linda!

IDR: Quais são os seus planos para a música, de agora em diante?
R:Eu tenho muitos projetos paralelos para o futuro próximo, mas eu comecei a escrever novas músicas de rock para o próximo álbum de rock. Acompanhem as notícias, logo saberão sobre meus planos, basta verificar minhas contas de mídia social! A turnê com meu álbum atual ainda está rolando, vai até o final deste ano.

IDR: Sobre os próximos shows: O que podemos esperar para a passagem no Brasil? Como está o seu relacionamento com os fãs aqui?
R: Desta vez vou trazer uma produção ainda maior comigo, com telas e um belo conjunto de luzes para configurar. Vou apresentar meu último trabalho “The Shadow Self” – álbum para os fãs, e ainda tocar outras músicas de toda a minha carreira. A banda será a mesma que estou agora em turnê comigo na Europa.
Sempre foi um prazer cantar diante do público brasileiro! Estou realmente entusiasmada com meu retorno. Os shows que faço por ai são sempre muito emocionantes, acredite em mim. Vocês não vão querer perder a chance de nos ver desta vez. Minha banda nunca soou tão bem quanto está hoje. Eu estou emocionada!

IDR: O que você achou do novo álbum do Nightwish? E, você gosta do desempenho do Floor?
R: Eu sou a última pessoa pra quem você deve fazer esta pergunta. Eu realmente não acompanho a carreira da banda nem suas atividades, desde que eu sai, e tenho uma vida por conta própria, e eu também não estou interessada.

IDR: O metal é uma de suas paixões, você diz isso em muitas de suas entrevistas. Assim como o canto lírico e o universo erudito. O que você ouve para se inspirar? Conhece alguma banda de metal que você gosta no nosso Brasil?
R: Eu escuto vários tipos de música, graças ao meu marido que está constantemente tocando música em casa. Se eu quiser buscar inspiração, eu normalmente ouço trilhas sonoras de filmes, rock e bandas de metal que eu gosto. Fico feliz em conhecer pessoalmente os caras do Angra e gosto também do Sepultura.

IDR: Deixe uma mensagem para nossos leitores:
R: Quero agradecer a todos pelo apoio e amor que vocês têm me dado há 20 anos. Eu sou verdadeiramente grata pela paixão que vocês tem em relação à minha arte. Sem vocês, eu não estaria trabalhando com o o que amo, que é a música. Obrigado! Mal posso esperar para tocar pra vocês, em breve!