Amigos da Futuro, estamos aqui mais uma vez começando com um dos ícones do rock, entrevistamos uma convidada ilustre, Tarja! Ela está no Chile para fazer um show nesta quinta-feira, 18 de maio e vamos conversar com ela um pouco sobre essa visita.
Como você está, Tarja?
T: Bem! Bem! Um pouco cansada da viagem pois viemos pra cá direto da Europa, um vôo muito longo. Mas estou muito contente em estar aqui no Chile novamente.
E mais uma vez falamos com você em espanhol pois você já tem uma relação longa com o público latino-americano. Podemos começar falando desta relação que você tem há vários anos com o público daqui, você viveu nesta parte do mundo, como é isso?
T: A primeira vez que vim ao Chile foi em 2000, me apaixonei aqui, conheci meu marido aqui, então o Chile sempre está no meu coração por isso. Sempre tenho muitos shows na América Latina e tenho uma ótima relação com os fãs aqui, sempre seguem meu trabalho e até mesmo os fã-clubes trabalham muito também. Eles têm uma paixão por mim e pela minha música, me sinto muito privilegiada em poder estar nesta posição como artista.
E o que você nos traz dessa vez é o The Shadow Self, que na realidade é a segunda parte de dois discos, o que é uma escolha bem interessante. Poderia descrever um pouco o que marca esse último trabalho?
T: É um álbum bem heavy, bem pesado, mesmo na produção, mas também um pouco mais aberto, mais progressivo. Porque eu quero progredir como artista, estou escrevendo mais músicas do que nunca antes, é um caminho longo que eu tenho que continuar. E estou aprendendo muito sobre a música, ainda hoje em dia. Ok, estou com uma carreira profissional há 20 anos, mas tomara que eu tenha mais vinte anos de trabalho, ou mais! Mas o novo álbum, tem que escutá-lo, é bem forte.
Vamos poder ouvi-lo ao vivo! Sobre sua carreira, queria falar sobre isso, talvez um pouco sobre História. Você é uma referência em todo esse campo do metal sinfônico, com voz feminina, das sopranos... você abriu caminhos e de certa forma muitas mulheres surgiram nesse cenário depois de você, como é essa importância de tudo que você fez desde seus tempos do Nightwish até agora?
T: Foi obviamente muito importante minha carreira com minha ex-banda, Nightwish. Para mim, uma mudança de vida e um desafio. Sempre pensei que teria uma carreira como cantora profissional, mas não nesse estilo. Minha vida mudou muito quando comecei a cantar no Nightwish e nós fizemos sucesso muito rápido, então tudo mudou. Não consigo dizer se uma mudança para melhor ou para pior, mas foi uma mudança na minha vida. Tinha que aprender muita coisa muito rápido, e tinha dezenove anos, era muito jovem. Hoje em dia, depois de vinte anos, posso te dizer que foi uma experiência incrível, e que hoje estou muito feliz, posso fazer música com a minha alma, com amor, estou muito feliz de poder trabalhar com música hoje.
E também é importante sua chegada como mulher no mundo do metal, que sabemos que é um território dominado por homens então às vezes para as mulheres é difícil.
T: É, por exemplo, na última semana fomos tocar na Indonésia, em Jacarta, e eu, quase como sempre, era a única mulher ali no meio de todas as bandas e tudo mais, então é sempre um choque subir no palco e cantar desse jeito (risos), primeiro sendo uma mulher e depois com a voz que tenho! Mas é um bom choque, eu acho, para o público, ver uma mulher poderosa ali. Então me sinto feliz, o publico me recebe bem, e... o que mais eu posso querer? nada!
Imagino que tenha encontrado várias mulher por aí que te agradecem ou que se inspiraram em você pra entrar nesse mundo do metal.
T: Sim, e cantoras conhecidas também, por exemplo... Simone Simons me disse várias vezes que quando me ouviu e viu o que eu estava fazendo quis crescer também e ter sua carreira e agora estão fazendo muito sucesso, estou muito orgulhosa dela.
Muito bem, se puder agora dizer algumas palavras direcionadas ao seu público do Chile...
T: Obrigada novamente por essa oportunidade, nos vemos amanhã! Estou muito feliz, vamos nos divertir muito juntos e que continuemos assim! Amo muito vocês.