E: há pouco tempo você esteve na Argentina e participou de um show da banda La Beriso.
T: Sim, fizemos uma surpresa pro baixista da banda, Ezequiel, porque ele é meu fã, tem uma tatuagem enorme do meu rosto no braço! Por quê?? (risos) pudemos fazer uma surpresa, foi muito legal, porque ele não esperava nada, realmente... E eu gosto de algumas músicas da banda, e foi muito rápido, eu estava no país, então fizemos e foi muito lindo, às vezes tem que acontecer umas coisas assim na vida.
"Eu gosto de Charly Garcia, Soda Stereo, Gustavo Ceratti, claro... Cantei algumas músicas dele no meu último show no Gran Rex. Alejandro Lerner, por suas melodias... tem muitos artistas que eu gosto"
"Meus pais tinham boas vozes, mas não fizeram da música sua profissão. Meu pai carpinteiro, e minha mãe secretária da cidade, mas meu irmão mais velho, sete anos mais velho, tinha seu set de bateria, cantava, ouvia muito metal, rock... E eu comecei a tocar um teclado pequenininho que tínhamos em casa, músicas de criança, tocar com um dedo só, então minha mãe me perguntou se eu queria ter aulas de piano, eu tinha seis anos, disse "sim, mamãe, por favor!", então eu comecei a ter aulas com um professor particular. Mas cantar eu comecei a cantar quando tinha três anos, e foi minha escolha de vida. E fui a primeira na família a seguir essa carreira. Meus pais sempre me apoiaram. Tive que sair de casa aos 15 anos para estudar música em outra cidade, e foi o caminho... depois disso para a universidade, e aí pra a universidade da Alemanha... Muitos estudos.
"É incrível a liberdade que tenho hoje em dia. Posso ser feliz, satisfeita com o que faço. Não dá nem pra comparar com as situações das quais eu vim."
"Eu escrevi muitas músicas, e decidi que não queria perder elas, ou usá-las como bônus ou singles, como é normal, então conservei com a Gravadora e decidimos fazer dois CDs. Agora estamos em tour e está tudo indo bem."
E: Qual a diferença desse seu último disco para o primeiro? quais são as mudanças?
T: Sinto que o The Shadow Self é mais pesado que os discos anteriores, realmente encontrei meu som. Faço as mixagens com Tim Palmer, no Texas, e já trabalhamos juntos faz muitos anos, mas sinto que agora chegamos à um acordo, quanto ao estilo, som, tudo. Então estou muito satisfeita com o novo álbum, ele realmente me representa como artista e como pessoa hoje em dia. É pesado, mas é mais versátil, mais aberto, é uma mistura de coisas... Tem músicas mais progressivas, músicas mais rápidas... Mas é quem eu sou, é assim."