Tarja Turunen – Wikipedia: verdadeiro ou falso?
Oi, pessoal! sou Joe, do Loudwire, e este é o “Wikipédia: verdadeiro ou falso?” estamos com a Tarja. Obrigada por participar!
T: Disponha!
J: Então, estamos aqui para fazer revelações, talvez...veremos.
T: Não sei, vamos ver.
J: Então, visitei sua página na Wikipédia e vi tudo sobre seus álbuns solo, e os com o Nightwish. Vamos descobrir o que realmente aconteceu.
T: Certo.
J: Uma fácil para começar: [seu nome é] Tarja Soile Susana Turunen Cabuli, nasceu em 17 de agosto de 1977.
T: Verdadeiro.
J: Aqui [na página da Wikipédia] diz que você nasceu no vilarejo Puhos, próximo a Kitee, Finlândia. Você tem um irmão mais velho, Timo; e um mais novo, Toni. Sua mãe, Ritva Sisko Marjatta trabalhou na administração da cidade e seu pai, Teuvo Turunen, é carpinteiro.
T: Uau, verdadeiro!
J: Seu pai construía móveis?
T: Na verdade, nós vivíamos em uma casa que foi construída pelo meu pai. Sempre moramos na mesma região. Eu nasci em um vilarejo que, na época, tinha 500 habitantes, agora deve ter 300; é como se estivesse diminuindo. Kitee era uma vila, hoje é uma cidade com talvez oito ou nove mil habitantes.
J: Então é bem pequena.
T: Sim, sim.
J: Todos sabem quem você é.
T: Sim (risos).
J: Seu professor Plamen Dimov disse: ”se você desse a Tarja apenas uma nota, ela imediatamente a pegava. Os outros precisam praticar três, quatro ou cinco vezes. Na escola, ela passou por momentos difíceis, porque algumas garotas praticavam bullying contra ela, por inveja da voz dela.”
T: A coisa do bullying é verdadeira, mas não sei quanto ao resto, se eu pegava mesmo na primeira nota (risos).
J: Mas você se destacava.
T: É, sempre fui assim com a música. Eu sofri bullying por pelo menos cinco anos, então a música era meu escape.
J: Agora, sobre a era Nightwish: a banda deveria ter sido de música acústica ao invés de heavy metal. Aqui diz que “os membros da banda gradualmente perceberam que a voz de Tarja Turunen tinha se tornado muito dramática para música acústica e, eventualmente, chegaram a conclusão de que a música também tinha que ser forte, por isso Holopainen decidiu que o Nightwish seria uma banda de metal.”
T: Sim, para dar suporte a minha voz, porque, sabe, tendo vivido naquele vilarejo, todos sabiam que eu tinha voz para canto. Eu estava sempre participando de bandas; eu era a garota que cantava, sabe? Então, quando parti para iniciar meus estudos sobre música no conservatório, na universidade, eu tinha 18 anos; então Tuomas apareceu na minha porta e me pediu para cantar na primeira demo do Nightwish, que era acústica. Ele não sabia que eu tinha começado a estudar canto lírico e que minha voz tinha se tornado mais poderosa. Foi uma surpresa no estúdio, então nasceu a ideia de combinar meus vocais com um background heavy metal.
J: Então, obviamente, você era fã de metal mesmo nessa época, foi natural para vocês mudarem para esse estilo...
T: Eu não era fã de metal, nunca tinha pensado, em toda minha vida, em me tornar cantora de metal; simplesmente aconteceu, porque eu assumi o desafio...senti que a música era super linda, eu acreditava que era capaz de fazer isso. Desde criança, sempre tive tendência de aceitar desafios, e o Nightwish foi isso para mim: algo como “hey, vamos ver o que acontece!”, e uau! Grandes coisas aconteceram, minha vida mudou completamente.
J: O que você conhecia como metal, antes do Nightwish?
T: Metallica era meu modelo. Eu ouvia Whitesnake, Alice Cooper, Scorpions...todo tipo de rock melódico... Metallica era metal para mim. Eu não conhecia muito o gênero, até que me tornei cantora de heavy metal, em uma banda de heavy metal (risos). Todo o cenário se abriu para mim, eu achei incrível, encontrei muita beleza nele.
J: Aqui diz também que, em 2000, você ingressou na universidade alemã de música Hochschule Fur Musik Karlsruhe para conseguir qualificação professional como solista, além de uma especialização em arte musical. Além da boa reputação da instituição, Turunen escolheu ir para Hochschule porque algumas pessoas na universidade finlandesa não a levavam a sério como cantora clássica, por causa de seu comprometimento com uma banda de metal.
T: Eu queria novos ares, apenas. Meus professores, todos eles, sabiam que eu fazia turnês, eles viram isso. Eu voltei para meus estudos, eu estava fazendo-os, tudo estava ótimo. Eles me apoiavam, na verdade havia tantos jovens vindo a concertos em igrejas ou teatros, que iam a concertos de orquestra sinfônica ou puramente música clássica...alguns nunca tinham entrado em uma igreja antes...eu estava começando a derrubar essas barreiras.
J: Aqui diz que “no início do Nightwish era difícil combinar técnicas clássicas com as do metal de forma que lhe desse liberdade, sem prejudicar suas cordas vocais. As técnicas clássicas ajudaram e por isso você desistiu de fazer treinamento de canto rock/pop.”
T: Sim, eu nunca busquei ajuda de profissional de outro tipo de música. Sempre continuei estudando canto lírico e ainda o faço hoje. Tenho uma treinadora vocal em Buenos Aires, Argentina. Sempre que acho que estou indo pelo caminho errado, ou algo do tipo, o que não acontece com tanta frequência, a procuro; eu conheço meu instrumento muito bem, mas você precisa de um guia, especialmente quando você faz o tipo de canto que eu faço.
J: Qual era o problema que potencialmente poderia prejudicar suas cordas vocais quando você estava cantando com o Nightwish?
T: No começo, você sabe, o som ruim, o monitor de som igualmente ruim, não conseguir me ouvir direito...
J: Você tentava corrigir...
T: Sim, claro. Eu não conseguia ouvir o que estava cantando com o som forte da bateria em seus ouvidos e, por isso, tinha que me forçar mais, o que significa danos. Para uma cantora lírica, tudo acontece no diafragma, não tanto nas cordas vocais. Fugir um pouco da técnica lírica foi difícil, mas consegui por conta própria, eu não queria parecer que tinha uma batata na boca quando estivesse cantando, ninguém me entenderia. Então eu não queria cantar como um cantora clássica nos meus shows de rock. Eu tive que achar um jeito, foi difícil, eu levei anos para conseguir isso.
J: O tópico agora é o álbum do Nightwish Angels Fall First. Tuomas Holopainen escreveu as músicas durante o tempo que passou no exército finlandês.
T: Sim, acho que sim.
J: O serviço militar na Finlândia é obrigatório?
T: Sim, até mulheres podem ser convocadas. Acho que para mulheres não é obrigatório, mas para homens, sim.
J: Você acha que isso serviu como um tipo de escape para ele nessa época?
T: Acho que sim.
J: Wishmaster. A música The Kinslayer é sobre as vítimas do massacre da escola Columbine.
T: Sim, está correto.
J: Qual foi o impacto desse evento na Finlândia?
T: É o tipo de coisa que... foi a primeira de algo que infelizmente passou a acontecer com mais frequência depois. É terrível. Foi algo que...especialmente para o Tuomas, que era estudante intercambista nos Estados Unidos e tinha mais conexão com o país que o resto de nós, então o impacto pra ele foi bem maior.
J: O Once custou 250,000 euros; 100,000 incluindo os vídeos, o que o fez dele a gravação mais cara da Finlândia, até o lançamento do Dark Passion Play, que custou 500,000 euros.
T: Eu não tenho ideia (risos).
J: Mas foi um álbum caro?
T: Sim, sim, é, tiveram até algumas produções de vídeos ridículas...
J: Mais uma pergunta sobre o Once: em 5 de janeiro de 2013 foi descoberto por um fã que a língua Lakota, falada na música “Creek Mary’s Blood” não é exatamente Lakota, apenas sons sem significado, e chegou-se à conclusão de que Jhon Two-Hawks é uma fraude.
T: É?? Que estranho. Talvez seja mesmo, eu não faço idéia! (risos).
J: Primeira vez que te falam isso?
T: Sim! Nossa, quê? isso é interessante...
J: Colours in the dark. “o nome do álbum, assim como a imagem da capa, é uma metáfora da ideia de que a vida possui uma multiplicidade de cores e a escuridão absorve todas elas.”
T: Sim, minha bebê – bem, ela não é mais uma bebê, tem seis anos –
J: Sempre serão nossos bebês, né?
T: Sim, sempre meu bebê! Um dia estávamos falando sobre cores e ela disse que a favorita era preto. “Nossa, por que? A cor favorita da mamãe é preto” eu perguntei o motivo e ela disse “preto absorve todas as cores”. Eu fiquei sem palavras! É isso mesmo!