- Tradução para o inglês: Daniela, do THE QUEEN OF ICE

- Tradução para o português: Ferrr

Tarja: Sob a superfície do novo álbum

No dia 14 de abril, Tarja Turunen soltou para a imprensa do mundo todo a novidade de que já gravou completamente seu novo álbum. Dois dias depois, entrou em contato com o editor-chefe da Spark para abrir seu coração para a República Tcheca e para eventuais fãs Eslovacos e falar de suas impressões. Como já sabemos, ela tem uma base nada pequena de fãs em alguns lugares e essa é definitivamente a razão pela qual ela decidiu incluir o Vizovice’s Masters of Rock em sua agenda apertada de festivais. Além disso, uma apresentação única pode ser esperada – Tarja será acompanhada pela Orquestra Filarmônica de Zlin de Bohuslav Martin? e um coro numeroso.

Ela começou a trabalhar em seu novo álbum, já bem conhecido como “What Lies Beneath”, em junho de 2008, quase cerca de sete meses após o lançamento do My Winter Storm, que vendeu mais de 650 mil cópias ao redor do mundo. Ela compunha onde quer que encontrasse um tempinho, e também durante a turnê, dentro da qual também houve cinco apresentações na República Tcheca. Ela aproveitou estritamente a liberdade na composição, então no final ela decidiu produzir um álbum por conta própria também. “Tudo foi muito mais fácil dessa forma. Além disso, minha banda gravou comigo. Eu provavelmente posso chamá-los ‘minha banda’ depois de três anos passados na estrada”, ri Tarja quando se refere a seus companheiros de banda – o guitarrista Alex Scholpp, o baixista Doug Wimbish, o baterista Mike Terrana, o tecladista Christian Kretschmatr e o violoncelista Max Lilja. Excluindo Wimbish, que está ocupado em tour com o Living Colour, todos os outros também vão apoiar Tarja em Vizovice. Ela compôs 33 músicas durante o processo relaxado de composição e decidiu gravar 17 delas. Apesar disso, somente problemas bons apareceram. “A primeira dificuldade foi dizer a mim mesma: ‘Chega!’. E aí vem a seleção das músicas que serão usadas no álbum que virá. Todos me dizem o quão perfeitas elas estão, que eu tenho muitas peças musicais, mas eu realmente não sei”, Tarja pondera modestamente.

A jornada nas profundezas de sua alma

 
A cantora foi compartilhando euforicamente pequenas partes de suas ideias durante a composição, (e.g.) em janeiro ela revelou a letra de Naiad. Apesar disso, a personagem de uma heroína homônima ainda permanece secreta para os fãs. “Naiad é a personificação da beleza. Ela aparece em duas músicas, apesar de o álbum em si não ser um conceito estritamente fiel”, explica. O título do CD, “What Lies Beneath”, pode ser traduzido como “o que está escondido sob a superfície” e ecoa seus temas integrados. “Todas as músicas retratam mais ou menos o que está escondido sob a superfície e que as coisas não são sempre o que parecem ser, não importa que ponto de vista nós tenhamos. Eu canto sobre coisas que me chateiam em geral, mas também sobre affairs pessoais e o que está escondido dentro de mim mesma”.

Não há dúvidas de que Tarja aprendeu muito a se conhecer melhor durante o processo de criação. “Eu tive ajuda intensiva de meu marido, minha banda e muitas pessoas que quiseram me ajudar. ‘Por quê você não tenta isso, por quê você não tenta aquilo?’... Descobri um novo potencial em mim mesma dessa forma”, ela fala relativamente sobre  novas experiências e aventuras, que a fizeram sentir como se fosse “a primeira vez” de muitas coisas, mesmo durante sua longa carreira. Ela aponta situações concretas também: “Por exemplo, foi como se fosse a primeira vez que eu gravei faixas de piano. Foi meio que ‘vamos lá, simplesmente toque’ e eu respondi ‘o quê?!’ mas, veja, isso funcionou eventualmente. Hesitei muito em muitas coisas. Eu deveria ter sido mais valente, e os fãs ouviriam que estou mais valente do que nunca no novo álbum, o que me faz muito feliz”.

Quanto aos espaços de gravação, Tarja também foi um tanto quanto “contida”. O que as próprias capacidades de vida não puderam suprir, os estúdios Petrax proporcionaram. A visita a seu país natal acabou em uma reunião de família não-planejada, quando Tarja recebeu seus dois irmãos, Timo e Toni, no estúdio. “Somos muito próximos uns dos outros, e apesar de não nos vermos muito frequentemente, sempre estamos em contato. Quando voltei para a Finlândia, perguntei se eles gostariam de vir e gravar algo comigo. Eles estavam pensando que teríamos só três dias pra isso, mas no final acabaram vindo e fizemos um cover juntos Não vou lhes dizer o nome ainda, mas certamente vou tocá-lo no Masters of Rock”, ela dá mais uma razão para assistirmos o festival.

Enquanto os vocais de Toni podem ser classificados como para metal, graças à sua carreira com o Decended or Celesty, Timo deve ser uma surpresa para a maior parte dos fãs. Os nomes dos outros convidados escolhidos pela cantora continuam em segredo também, então fortes discussões e especulações estão rolando na internet. Uma coisa já é sabida: o destino interferiu tragicamente na escolha. “Peter Steele, do Type O Negative, deveria aparecer nesse álbum como convidado especial também, eu já estava acertando os últimos detalhes com o empresário dele. Ontem eu recebi a notícia de sua morte”, diz Tarja, chocada. “Não sei o que vamos fazer com a música em que ele apareceria, mas ela definitivamente será lançada no WLB.”

Escancarado
"What Lies Beneath" deveria ser um misto de metal, música clássica e trilhas sonoras. Aqueles que ficaram animados com sua “progenitora” provavelmenter vão ficar muito mais excitados, aqueles que acharam o My Winter Storm pouco pesado não devem se desesperar. No entanto, é necessário reconciliar o fato de que a visão musical de Tarja em sua carreira solo não é mais restringida ao espectro do heavy metal. “Comparando com o álbum anterior, o novo é muito mais pesado, apesar de eu não considerá-lo um CD de metal. Ainda tenho a mesma visão sobre a intensidade do som, mas anteriormente eu não pude completá-lo”, ela diz, e acrescenta que, para não cometer o mesmo erro novamente, decidiu trabalhar junto com Colin Richardson (Behemoth, Fear Factory, Slipknot, etc.), que mixou uma parte do álbum. A mesma tarefa está aguardando por mais dois outros engenheiros de som. “Toda música deve receber o que precisa, o que não pude fazer no My Winter Storm. Se uma pessoa, que não está envolvida totalmente com a música clássica, o metal ou, digamos, com o pop rock também, cuidasse de toda a orquestração, minha voz e as guitarras pesadas, seria muito para essa pessoa”, Tarja explica, mas ela não nos libera os nomes dos outros engenheiros. Ela admite que todo o processo de pós-produção vai ser finalizado em Los Angeles, onde será feita a masterização final.Realmente é um álbum internacional, até com apoio de Bratislava. Enquanto o MWS teve a assinatura da Filarmônica de Praga, há uma filarmônica nacional e um coral envolvidos no What Lies Beneath. “Jim Dooley me ajudou com as partes orquestradas novamente. Ele esteve trabalhando muito e recentemente com pessoas de Bratislava. Não tínhamos nenhuma requisição completa e eu estava aberta a todas as opções, então quando ele as sugeriu para mim, eu disse que se ele acredita neles, então eu também acredito. Não tivemos nenhum problema com a orquestra de Praga, mas por quê não tentar algo novo? Todos fizeram um excelente trabalho”, a cantora enfatiza. Ela contribuiu com muitas sugestões nos arranjos orquestrais também. “Eu delineei a inspiração dos compositores como Craig Armstrong, tenho muito respeito por suas técnicas de piano ou do mundo das trilhas sonoras, e.g. Hans Zimmer. No final, trabalhamos com as mesmas pessoas como Mel Wesson ou o celista Martin Tillman. Quando componho, sigo apenas os meus sentimentos momentâneos, também é por isso que o álbum é realmente muito pessoal.”

Nos vemos em julho, te ouço em agosto
A data preliminar do lançamento do WLB está marcada para 20 de agosto, mas como Tarja adiciona com uma risada “alibística”, devemos dar um desconto por isso, ela é só uma artista e tudo depende da gravadora. Ela quer lhes dar o álbum completo no começo de maio e, no fim do mesmo mês, já podemos procurar um primeiro contato musical. De que forma, ainda não etamos certos. É muito cedo para falar sobre o “encerramento” também. O trabalho de arte será criado novamente por Dirk Rudolph e vai conter também gravações de vídeo de todo o processo criativo. “Quero que meus fãs vejam como o álbum surgiu e também quero ter tudo em um set”, a cantora, audivelmente animada, encerra a questão do novo álbum.

Ela vai apresentar uma parte do WLB antes mesmo do lançamento oficial, no Masters of Rock, quando as músicas escolhidas farão parte de um setlist seccional e Tarja será excepcionalmente acompanhada pela Orquestra Filarmônica Bohuslav Martin?, de Zlin, e um coral. O setlist já está fechado, a única coisa que falta é uma preparação apropriada. “Estivemos ensaiando nossas partes por conta própria até agora, mas vamos nos encontrar junto com o coral e a orquestra três dias antes da performance, para começarmos a nos preparar juntos. Além disso, tudo é muito difícil também quando há questões técnicas, de som e etc. Mas uma performance dessas deve ser uma grande experiência para qualquer um. Acredito que vocês terão não só coisas maravilhosas para ver, mas também para ouvir”, Tarja busca e nos adverte antecipadamente de seus planos pós-festivais. “Tenho fãs muito leais na República Tcheca, que me apóiam com muito amor puro, então busco não apenas o Masters of Rock. A turnê regular começa no início de outubro e eu voltarei, definitivamente”.