FONTE: Rocktopia
Forjado com uma mistura dinâmica de ópera e uma coragem metálica recém-descoberta, o próximo álbum de Tarja Turunen já parece pronto para rivalizar com seu aclamado antecessor. Com a participação de talentos da mixagem como Colin Richardson, esse projeto desctruidorestá chegando rapidamente à perfeição. Faye Coulman, da revista Fireworks, passou pelo estúdio para uma dose exclusiva das últimas descobertas da soprano finlandesa.
Sediado em uma rua urbana bem sombria, o prestigiado Estúdio Miloco de Camden rova que as aparências podem enganar. Mais surpresas se mostram enquanto Tarja apresenta os cortes desafiadores de gênero do antecipadamente quente ‘What Lies Beneath’. Reunindo influências desde o metal até os filmes de James Bond, os primeiros passos da cantora na produção musical deu passagem a resultados de tirar o fôlego.
“Há muitas coisas que aprendi durante esse processo”, Tarja se entusiasma com um sorriso caloroso. “Não sei se você pode me chamar de produtora, mas produzir meu álbum desde o começo até o fim me fez encarar um monte de decisões difíceis. Foi difícil desenhar uma linha às vezes e decidir se estava bom o bastante. Você sabe... Isso está certo? Será esse o fim? Será que esse é o take? Mas agora é bom saber que as músicas estão lá e vê-las ganhar vida. Durante as gravações, cada parte teve que ser completada dentro de três ou quatro takes porque eu sou uma perfeccionista com isso, no momento em que cheguei ao esúudio as músicas já estavam meio prontas. E eu tenho que viver com isso”, ela ri.
Enquanto sua primeira oferta de solo permanece como um divisor de águas indisputável, a marca registrada do som de Tarja amadureceu dramaticamente. “Sinto que ‘My Winter Storm’ perdeu muito na produção, obviamente porque eu não fui quem tomou as decisões. Mas isso não muda o fato de que eu sempre amarei o álbum. Foi um novo começo para mim de muitas formas, após uma longa carreira em uma banda, e de repente eu tenho todas essas pessoas novas à minha volta e que eu não conheço. Eu estava muito tímida e inacreditavelmente nervosa, mas agora eu finalmente estou fazendo o meu negócio. É um grande passo adiante para mim e Colin é absolutamente a pessoa certa para mixar o álbum, especialmente dada sua experiência no campo do heavy metal. Sou uma grande fã de seu trabalho e amo particularmente o material que ele fez para o Slipknot. Alex (Scholpp) também é um guitarrista muito bom, então foi muito fácil colocar as faixas de guitarra nos eixos. Os resultados definitivamente falam por si.”
Cortesia do metaleiro fanático Colin Richardson, ‘What Lies Beneath' realmente entrega um sopro da infâmia de Iowa em nove canções, exibindo grooves explosivos e solos de guitarra multitexturizados. A música talvez mais pesada de Tarja, ‘Little Lies’, é um affair particular com os riffs e foi co-escrita pelo guitarrista Alex Scholpp. Acompanhada por um coro de 40 pessoas, participações especiais e um solo de piano improvisado, ‘...Beneath’ demonstra uma maturidade inconfundível e uma aproximação destemida da composição musical.
”Tem sido realmente importante para mim ser loucamente brava nesse álbum. Acho que para muitas pessoas é difícil pensar em mim como uma profissional ao mesmo tempo que estou trabalhando no heavy metal. Toda a imagem de mim fazendo música por conta própria é um tanto quanto estranho, eu suponho. Mas estou percebendo que quero aprender mais e mais com outros profissionais como Colin. Quando as pessoas ouvirem o álbum, acho que vão ouvir um lado mais maduro de mim, como uma mulher forte e confiante no rock. Isso definitivamente chegará às pessoas através da música, para ouvirem e serem tocadas, então ‘What Lies Beneath’ é todo sobre meu amor pela música e pela vida, o que é um presente. Também há muitas coisas pessoas nesse álbum pela primeiríssima vez, o que foi um tanto quanto assustador, mas foi parte do processo de criação. Acho que ‘In For a Kill’ captura meu som atual particularmente bem, com seus riffs pesados e influências de orquestra. Esses são os elementos que eu definitivamente continuarei a usar nas produções futuras.”
Complexo em termos líricos e musicais, ‘What Lies Beneath’ nasceu de um conceito intrigante. “Na verdade eu criei esse título há dois anos atrás, em uma música sobre uma ninfa das águas chamada Naiad. Inventei uma história de fantasia em torno dessa personagem e seu reino submarino. A idéia se tornou muito importante para mim e foi muito inspirador escrever não apenas sobre o que existe sob a superfície da água, mas sobre o que está escondido em cada um de nós. Por exemplo, ‘River of Loss’ é sobre um homem muito poderoso e respeitado por todos, mas que na verdade é um pedófilo. É possível viver com uma pessoa durante muitos anos e de repente descobrir um lado negro dela que você nunca soube que existia.”