Dueto de estrelas - Entrevista por Floor Jansen
Logo no momento quando a decisão de que Tarja deixaria o Nightwish foi tomada, foi interessante observar como ambos os "campos" conseguiram utilizar bem seus nomes. Tarja abriu suas asas e começou a reunir a experiência de profissionais do mundo todo. Ela habilmente deixou pra trás o gênero do metal, porém foi capaz de satisfazer seu leal público. Um álbum foi suficiente para ela atingir a reputação de um executante. Ela ganhou respeito e apreciação na entrada dos artistas tops. Portanto para seu próximo álbum What Lies Beneath ela poderia pagar mais do que a produção de dois anos, tempo que definitivamente não teria sido rejeitado, nem pelo seu antigo lugar de trabalho. A realidade é que os fãs de metal devem dividir Tarja com os ouvintes das músicas pop e clássica. Tarja obedeceu ao seu dom ainda mais e revelou outros recantos escondidos de seus anseios musicais. Ela está realmente preparando uma verdadeira obra-prima. Floor Jansen da banda holandesa After Forever se encontrou na mesma situação em que Tarja esteve há 4 anos atrás. A banda encerrou sua carreira há 1 ano, então Floor teve que continuar. Contudo, ela não escolheu seguir sozinha, mas preferiu formar a banda ReVamp. Diferente de Tarja, nós podemos esperar um vigoroso pedaço de metal. Ambas, Tarja e Floor são nomes quentes em todos os campos do rock e do metal, e uma única ideia nasceu nesse editorial - deixar Floor transmitir a entrevista com Tarja. Ela afiadamente aceitou, então as próximas linhas são um exclusivo bate-papo entre duas ladies do metal.
UMA MULHER COM MUITAS FACES
Floor: Como você se sente com seu novo álbum hoje em dia?
Tarja: Será definitivamente um álbum mais pesado e irá me mostrar de lados diferentes do que o que os fãs estão acostumados, amplas tiradas de orquestras também não serão esquecidas. A variedade de canções é um resultado da minha decisão de produzir as gravações e deixar a fantasia fluir. Olhando pra trás hoje, tem sido realmente animador para mim porque depois de 2 longos anos estou finalmente chegando ao final e é inacreditável quanto tempo me dediquei a esse álbum. Provavelmente a mais difícil tarefa foi decidir quais músicas seriam usadas no álbum, porque eu havia escrito diversos materiais. Eu lentamente comecei a ficar cheia de expectativas e estou ansiosa para apresentar a gravação às pessoas. Estou curiosa pra ver a reação delas.
Floor: Então você trabalhou no album por dois anos. Você conseguiu encontrar uma nova paixão criativa que eventualmente tenha se tornado sua inspiração básica?Tarja: o processo de composição ainda é algo novo e fresco para mim. Aprendo coisas novas a todo momento, geralmente das pessoas com quem trablho. Gradualmente comecei a acreditar mais e mais em mim e parar de duvidar. Treinei novamente minhas habilidades no piano e me sinto suficientemente livre por causa disso – posso finalmente expressar minha imaginação e imediatamente trabalhar com o temperamento e a atmosfera da música. Acho que as circunstâncias sob as quais o álbum foi criado também vão afetar o resultado final. Escrevi a maioria das músicas na turnê, então elas devem ter sido influenciadas pelo local em que nasceram. Somente alguns percebem que a ambientação e as condições em que compõem contribuem com a sonoridade do álbum também. A cois mais importante pra mim é provavelmente a luz. Sou da Finlândia, os dias não são muito longos por lá e não é sempre que podemos aproveitar a luz do sol. Ara mim, a luz é algo como a energia que me “recarrrega” todo o tempo e me mandtém de bom humor.
Floor: Compreendo seu ponto de vista na necessidade de uma autoconfiança maior. Eu costumava ser “apenas” a cantora também e nunca participei realmente da composição. Com minha nova banda, ReVamp, eu fiquei na mesma situação que você. Tive que trabalhar de outras formas além de apenas com a minha voz. Eu não estava muito certa se meu método estava correto e se eu fui capaz de me completar.
Tarja: Assim que você enfatiza isso, você rapidamente consegue descobrir que é incrível. Você pode mudar tudo, criar mais versões, tentar qualquer coisa que aparecer na sua cabeça... E de repente você chega ao ponto em que o vulcão de idéias não tem fundo e você já não sabe qual delas realizar primeiro. Mas não deveríamos nos esquecer que escrevemos as músicas acima de tudo. É a única forma de você se sentir satisfeita e orgulhosa. Tenho a vantagem de ter gravado com a mesma banda que participou da minha última turnê, então a atmosfera era bem relaxada. As gravações foram divertidas para nós porque já nos conhecíamos muito bem e foi mais como uma reunião de amigos. Sua confiança em mim me ajudou muito também. Senti que eles apoiaram minhas decisões, então tenho em quem me apoiar.
Floor: Então você trabalhou no album por dois anos. Você conseguiu encontrar uma nova paixão criativa que eventualmente tenha se tornado sua inspiração básica?
Tarja: O processo de composição ainda é algo novo e fresco para mim. Aprendo coisas novas a todo momento, geralmente das pessoas com quem trabalho. Gradualmente comecei a acreditar mais e mais em mim e parar de duvidar. Treinei novamente minhas habilidades no piano e me sinto suficientemente livre por causa disso – posso finalmente expressar minha imaginação e imediatamente trabalhar com o temperamento e a atmosfera da música. Acho que as circunstâncias sob as quais o álbum foi criado também vão afetar o resultado final. Escrevi a maioria das músicas na turnê, então elas devem ter sido influenciadas pelo local em que nasceram. Somente alguns percebem que a ambientação e as condições em que compõem contribuem com a sonoridade do álbum também. A cois mais importante pra mim é provavelmente a luz. Sou da Finlândia, os dias não são muito longos por lá e não é sempre que podemos aproveitar a luz do sol. Para mim, a luz é algo como a energia que me “recarrrega” todo o tempo e me mantém de bom humor.
Floor: Compreendo seu ponto de vista na necessidade de uma autoconfiança maior. Eu costumava ser “apenas” a cantora também e nunca participei realmente da composição. Com minha nova banda, ReVamp, eu fiquei na mesma situação que você. Tive que trabalhar de outras formas além de apenas com a minha voz. Eu não estava muito certa se meu método estava correto e se eu fui capaz de me completar.
Tarja: Assim que você enfatiza isso, você rapidamente consegue descobrir que é incrível. Você pode mudar tudo, criar mais versões, tentar qualquer coisa que aparecer na sua cabeça... E de repente você chega ao ponto em que o vulcão de idéias não tem fundo e você já não sabe qual delas realizar primeiro. Mas não deveríamos nos esquecer que escrevemos as músicas acima de tudo. É a única forma de você se sentir satisfeita e orgulhosa. Tenho a vantagem de ter gravado com a mesma banda que participou da minha última turnê, então a atmosfera era bem relaxada. As gravações foram divertidas para nós porque já nos conhecíamos muito bem e foi mais como uma reunião de amigos. Sua confiança em mim me ajudou muito também. Senti que eles apoiaram minhas decisões, então tenho em quem me apoiar.
Floor: Isso significa que o novo álbum está mais perto de você do que o My Winter Storm?
Tarja: Sim, definitivamente. Estou me levantando para mim mesma. Todas as canções foram escritas por mim dessa vez, tudo que os fãs irão ouvir surgiram da minha cabeça. O álbum me representa como compositora, não somente como cantora. O nome do registro corresponde aos fatos, porque os fãs vão saber o que estava por baixo de mim.
Floor: Você realmente lidou sozinha com o processo de composição?
Tarja: Eu estava em contato com alguns músicos que me ajudaram com meu primeiro cd. Eu colaborei principalmente com o compositor americano Johnny Andrews, que me ajudou a reunir o material que se tornou mais forte. Johnny é extremamente talentoso e acho que vamos trabalhar juntos no futuro novamente.
Floor: Sua produtividade foi aclamada pelo fato de você conseguir juntar mais de 20 músicas dessa vez. Onde você conseguiu essa energia?
Tarja: Tudo começou há 2 anos atrás, quando o título do álbum nasceu. Foi uma grande inspiração pra mim, que eu imediatamente quis começar a trabalhar. Não há nada a fazer com o lendário filme americano, mas com a história de fantasia de Naiad. Eu fui tão influenciada por ela que eu comecei a pensar em muitos níveis. Eu estava ponderando o que estava escondido sobre a superfície das pessoas e refletindo em diferentes perspectivas. Eu combinei os mundos de mistério e realidade, porque ninguém sabe a real essência das coisas.
Floor: Que interessante! Você poderia especificar o autor da história?
Tarja: É uma criação do escritor brasileiro Paulo Coelho. Sou sua fã leal e tenho talvez todos os livros que ele já lançou. Seus livros são intemporais e eu adoro voltar pra eles. O caminho como você percebe muda cada vez que você os lê. Graças a ele eu entendi melhor a mim mesma e fui capaz de priorizar meus valores. Quando olhei pro meu passado, eu notei que eu havia cavado para os lados negativos da vida e esquecido os positivos. Eu era capaz de me livrar de todas as coisas ruins e agora posso dizer que elas não fazem mais parte de mim. Além disso, eu dei aos ouvintes o espaço para escolherem os próprios significados das letras. Estou convicta de que irá aprofundar a relação deles com o álbum.
Floor: Eu devo concordar com você novamente, porque não sou capaz de compor sem um impulso distinto. Quando começo a trabalhar, tenho colocar parte de minha própria identidade dentro delas. Gradualmente mais e mais motivos são envolvidos ao redor do básico e a coisa toda se torna um processo interminável. Mas, vamos voltar para seu novo álbum. Você gravou os arranjos com a orquestra da Eslováquia. Eu acho que você teve muitas opções para escolher, então por que os Eslovacos?
Tarja: Isso está relacionado a James Dooley, que escreveu os arranjos de orquestra. Durante as gravações do My Winter Storm nos tornamos bons amigos e eu sou grata e tenho um com relacionamento com ele. Ele é um compositor muito apreciado em Hollywood. Lá ele trabalhou para um filme de grande produção e graças a isso ele conseguiu quase todas as grandes orquestras do mundo. Ele colaborou com a Filarmônica de Praga assim como a Orquestra Nacional da Eslováquia. Foi sugestão dele usar os serviços dos sinfonistas eslovacos. Eu sabia que eles tinham uma boa reputação, então não podia rejeitar. Eu acho que foi uma ótima escolha porque eu pude senti entusiasmos de ambos os lados e isso sempre afeta a gravação de alguma forma.
Floor: Além da Orquestra da Eslováquia, você teve a colaboração dos instrumentistas de Lahti. Eu me pergunto, o novo álbum não será mais clássico do que metal?
Tarja: Eu não posso explicitamente classificá-lo. É simplesmente algo entre a música clássica e o rock (risos). Está relacionado com minha personalidade. Eu não sou musicista de apenas um gênero, música é um meio de expressão pra mim e preciso de mais gêneros e opções para isso. Eu não posso simplesmente focar só no rock. É também um desafio para meus fãs, como eles podem aprovar esse montante de alternativas.
Floor: Acho que é melhor quando uma pessoa pode ser “multiforma” como compositora também. As pessoas acham mais fácil quando podem rotular sua música, mas eles também deveriam entender que há músicos cujos estilos não podem ser definidos explicitamente. Depois de tudo, deveria ser mais fácil escrever somente metal para mim também, mas mesmo assim eu ainda teria a necessidade de me expressar de outras formas também.
Tarja: Também se deve contar com o fato de ser uma questão de momento. Hoje em dia, sinto que preciso me completar em muitos estilos musicais diferentes. Mas não está escrito em lugar nenhum que isso continuará para sempre. O momento em que eu apenas escreverei rock ou música clássica ainda deve chegar.
Floor: Você mencionou que encontrou na banda com quem saiu em turnê sua banda “regular” em algumas entrevistas. Mas a bateria não foi gravada somente pelo Mike Terrana (MASTERPLAN), mas também pelo Will Calhoun (LIVING COLOUR).
Tarja: Minhas decisões foram baseadas nos sentimentos de cada música, e o Will simplesmente se encaixou melhor que o Mike em algumas delas. Eu e o Living Colour já nos conhecemos muito bem de turnês e eu gostei do estilo de tocar do Will. Ele soa simplesmente diferente do Mike. Foi ótimo observar o Mike enquanto ele assistia o Will gravar. Ele estava sentado dentro do estúdio e se deliciava com o que o Will tocava. Ele corria em volta do estúdio e provavelmente se sentia maravilhado a cada batida das baquetas. Eu queria que todos pudessem ver aquilo. Ele agia como uma criança pequena. Mike é um fã do trabalho do Will, então mal podia esperar para vê-lo em estúdio. Os dois discutiram sobre bateria e estilos diferentes de tocar por muito tempo. As partes que o Mike gravou foram, naturalmente, as mais rock/metal.
Floor: A mixagem final das músicas não aconteceu em um lugar só, ouvi dizer que você mixou algumas músicas em Los Angeles e agora está trabalhando em Austin. Por quê fazer isso em tantos lugares diferentes?
Tarja: Vou resumir mais precisamente. As primeiras mixagens foram feitas por Colin Richardson, em Londres. Então eu voei para Los Angeles e mixei algumas coisas com Slamm Andrews. A mixagem final é uma tarefa de Tim Palmer, do Texas. Vou me repetir, mas a decisão foi baseada nas necessidades de cada música. Foi minha própria intenção deixar váris produtores mixarem várias músicas. É a única forma de atingir um resultado perfeito. Acho que deveria ser difícil encontrar uma pessoa só com experiência em tantos estilos musicais diferentes. Por isso foi melhor falar com mais pessoas que saberiam o que fazer em sua própria esfera e fazer o trabalho propriamente. Apesar disso, houve uma condição importante – todo o álbum deve soar como se fosse mixado por uma pessoa só. Seria perturbaor se cada música tivesse um nível de bateria, guitarras ou vocais. A escolha dos engenheiros de som foi muito delicada e descomprometida em geral.
Floor: Quem foi a maior influência para você dentro da sua família, quem desenvolveu em você essa relação com a música?
Tarja: Definitivamente foi minha mãe. Ela repetia para mim que eu tinha que aprender, que eu tinha que praticar durante todo o dia. Toquei piano pela primeira vez quando eu tinha três ou quatro anos. Naquela época eles descobriram que eu provavelmente tinha o dom e me arranjaram aulas particulares de música. Eu devia ter seis anos quando comecei a freqüentar aulas de música e devo apreciar a paciência de meus pais. Eles me levavam cinco vezes por semana, de carro, a uma escola que ficava a 30 km de distância de casa. Lá eu aprendi tanto a cantar quanto a tocar piano, também costumava tocar flauta às vezes. Fui rodeada pelos meus pais para me tornar uma profissional da música. Eles sempre me apoiaram.
Floor: Quais escolas você frequentou?
Tarja: Comecei a participar das primeiras aulas de verdade quando eu tinha uns nove anos, tocando flauta. Meu desejo era tocar violoncelo, apesar disso. Infelizmente não havia ninguém que soubesse tocar cello por lá, então mudei para a flauta. Mais tarde me juntei ao coral local e mergulhei de cabeça na história da música. Tive que sair de casa quando eu tinha quinze anos porque não havia nenhum conservatório na vizinhança. Eu tinha apenas quinze anos, não muito dinheiro e normalmente comia apenas maçãs. Eu era o típico exemplo de uma estudante pobre. Mas eu não pensava dessa forma. Aproveitei minha liberdade e cada dia foi excitante para mim.
Floor: É interessante o quanto temos em comum, porque aos sete anos comeceu a tocar flauta, exatamente como você. Quando você começou a ter aulas de canto mesmo?
Tarja: Mais tarde, na Universidade. Era muito difícil e eu precisava me comportar com muita responsabilidade. Mas outras coisas interessantes vieram. Sobre tudo, recebi a oferta do Nightwish. Eu morava na Alemanha e estudei em Karlsruhe durante os quatro anos seguintes. Apesar de ter conhecido um professor maravilhoso por lá, foi difícil. Tive que aprender tudo desde o começo, eu era apenas uma iniciante novamente.
Floor: Que músicas você costumava ouvir quando era criança e quando começou a se interessar pelo rock e o metal?
Tarja: Pop em geral e música clássica na minha infância. Separadamente, fui influenciada principalmente pela música que estudei. Eu não tinha muito espaço para seguir outros gêneros. Quando aprendi sobre ópera, eu fiquei maravilhada. Quando tivemos corais de igreja no currículo escolar, eu me viciei nesses corais. Foi difícil de largar. Entrei em contato com o rock principalmente na adolescência, acho que eu tinha uns catorze anos. Como eu já disse, tinha a ver com ganhar liberdade. Conheci um monte de pessoas ótimas e variadas que não tinham que se importar com nada sem importância e que aproveitaram a vida. Eu geralmente preferia bandas como Alice Cooper, Whitesnake, Bom Jovi e Guns’N’Roses.
Floor: Como você se comportava quando criança? Você era calma e tímida ou uma garota selvagem?
Tarja: Acho que eu era algo no meio termo. Eu não era uma desistente, mas também não era muito diferente. Fuiuma boa aluna. A escola foi importante para mim e devotei todo o meu tempo livre a isso. Ficava ansiosa quando eu tinha problemas com algo. Eu imediatamente tentava contorná-los. Depois de tudo, eu faço isso ainda hoje. É claro que fiz algumas loucuras quando eu era criança, mas não tive grandes “feitos”.
Floor: Você teve algum ídolo?
Tarja: Na minha infância foi definitivamente a Whitney Houston. Eu tinha dez anos de idade quando a ouvi cantar e isso me deixou quase louca. Eu queria ter todos os álbuns dela e cantei suas músicas “até o reino chegar”. Eu ficava triste por não conseguir atingir todas aquelas notas altas e tentava de novo e de novo. Ela ainda é a senhora da música pop para mim. Não importa como a mídia a tenha apresentado mais tarde.
Floor: Por que você decidiu se juntar ao Nightwish com 19 anos? Você tinha uma carreira de cantora de ópera pela frente, mas acabou em algo completamente desconhecido.
Tarja: Era uma nova possibilidade. De repente surgiu algo novo, excitante, algo que eu nunca tinha feito antes. Quando me mandaram a primeira demo, era um estilo musical bastante diferente daquele que nós começamos a tocar depois. Originalmente era um projeto acústico baseado em violão e teclado. Então fomos para o estúdio pela primeira vez e o pessoal ficou simplesmente chocado. Eles me conheciam como uma garota que podia cantar bem, mas não como uma cantora de ópera. Assim que eu comecei os primeiros versos, eles ficaram embasbacados. Não entenderam nada por um tempo, mas assim que superaram esse episódio, começaram a pensar em como usar meu potencial. Então veio a idéia de misturar a minha voz com heavy metal e funcionou muito bem. Houve uma reação similar de músicos mais experientes também. Nós trouxemos novos caminhos e oportunidades para o metal. Foi ótimo saber de toda a apreciação que houve. Eu me apaixonei pela música do Nightwish desde o começo e os respeitei. Isso continua sendo verdade hoje, eu nunca deixei de amar a música deles. Durante o tempo que passei com a banda, eu nunca pensei muito no que poderia ter sido de mim se eu tivesse trilhado meu próprio caminho. Eu estava convencida de ter feito a coisa certa e mesmo depois de tudo o que aconteceu eu considero aquele um dos melhores momentos da minha vida.
Floor: Eu fui perguntada frequentemente sobre o que faria se não vivesse de música, não tivesse minha banda. Eu nunca pude responder porque eu não poderia imaginar isso. Todas as decisões que tomei foram influenciadas pela música. Dificilmente eu poderia pensar na vida de outra forma.
Tarja: Toda a vida é feita de escolhas. São as nossas decisões, escolhemos o nosso próprio caminho. Em um dado momento, nossas decisões são influenciadas por uma série de fatores. Por isso não podemos duvidar de nós mesmos, se decidimos com um sentimento pleno que a nossa escolha é a certa. Isso se mostra ainda mais na música. É apenas um hobby para alguns, mas para nós é uma prioridade de vida. Sou viciada em pessoas que podem apreciar meu trabalho. Se uma pessoa tem pelo menos um pouquinho de sucesso, isso pode ser considerado um dom e devemos tratar isso com respeito.
Floor: Você tem alguma mensagem para os leitores?
Tarja: Estou muito ansiosa para voltar à República Tcheca e pelo Masters of Rock. Os tchecos são um povo maravilhoso e me apóiam inacreditavelmente. Sinto muito a falta deles.