Com o "My Winter storm" a estrela Tarja Turunen, ex-Nightwish provou pela primeira vez em 2007 que ela pode fazer também sozinha sem a grande 'banda-mãe' Nightwish  e lançar um álbum solo que impressiona muitos fãs. Agora a bela finlandesa continua com os promissores single e álbum What Lies Beneath. Conversamos com a simpática diva não apenas sobre sua atual música Falling awake, sua performance no Wetten Das...? e sobre a sua próxima turnê com o veterano do rock, Alice Cooper, mas também já recebemos as primeiras informações sobre seu prestes a ser lançado, o muito aguardado segundo cd.

Orkus: Em breve você lançará o primeiro single do What Lies Beneath, Falling Awake. A expressão inglesa "falling asleep" é muito comum, mas "Falling Awake" é uma interessante criação sua. O que esse contexto significa pra você se algo de repente acordar?
Tarja: A música Falling Awake é muito pessoal. Eu escrevi junto com o cantor e compositor americano Johnny Andrews, que também trabalhou muito comigo no meu novo álbum. Nesse momento da minha vida eu acordo mais e mais, fico mais consciente e mais clara de sobre mim mesma como mulher e como artista. Eu lentamente começo a me sentir realmente forte e tenho uma imagem mais exata do que eu realmente quero em minha vida. Eu considero minha vida como um presente que pertence a mim e estou muito feliz com o que consegui até agora. Se eu moresse amanhã, eu consideraria ter vivido minha vida de forma útil, porque eu tento todos os dias encontrar as pequenas coisas que significam muita sorte pra mim. Eu não preciso construir um enorme palácio ao meu redor; as coisas pequenas e o amor e apoio da minha família e amigos são as coisas mais importantes pra mim.

O: Então Falling Awake se assemelha tematicamente a música Die Alive do My Winter Storm?
TT: Sim, é isso, porque há algumas ideias que estão sempre em minha mente. Ainda estou influenciada pelo escritor brasileiro Paulo Coelho, porque realmente me fascina a maneira como ele escreve sobre a vida. Die Alive é também sobre viver sa vida aqui e agora, assim comO Falling Awake. "Viver o momento se tornou o meu lema." Já passei por alguns momentos difíceis em minha vida, especialmente é claro, quando minha mãe morreu. Depois de tantas voltas do destino você começa a notar que você tem que lutar diariamente para sua vida e sua sorte;

O: Quando e como Falling Awake surgiu? Por que você escolheu exatamente esse título para o primeiro single do What Lies Beneath?
TT: A música se desenvolveu muito tarde durante o processo de gravação. Eu trabalhei por dois anos no álbum, não importa aonde eu estava. No entanto, a maioria do trabalho se realizou entre as turnês, então não é algo muito calmo e eu quero ter concentração nos shows. Eu escrevi a música no fim de 2009, por volta de Outubro. Quando eu terminei a melodia do primeiro verso, eu já tive o sentimento de que seria uma música forte, com uma mensagem forte. Quando eu e Johnny compomos a canção, nós já havíamos pensado que seria o primeiro lançamento. Não seria notmal, mas um street single que não será lançado em todos os países. Por exemplo, na Finlândia, meu país natal não será lançada. Falling Awake é apenas um pequeno aperitivo do álbum, uma coisinha para meus fãs.

O: As guitarras em Falling Awake soam muito forte e poderosa. O seu som em What Lies Beneath é em geral mais forte do que em seu primeiro álbum solo?
TT: Eu acho que eu fiz minha atitude como artista solo muito clata nesse álbum. Porque é meu segundo álbum, eu preparei desde muito tempo atrás e queria ter certeza de que vou transmitir algo realmente vom. No total eu escrevi mais ou menos 30 canções, fora essas músicas, eu na verdade gravei 16. É claro que não haverão 16 músicas no álbum, ms dessa forma já terei as faixas-bônus para os diferentes países. Trabalhei duro para escrever um álbum forte e coloquei todo meu coração dentro do What Lies Beneath. Estou muito feliz em ser a única responsável pela produção do álbum desta vez, porque tem sido um grande passo pra mim, porque em minha ex-banda Nightwish eu não ajudava com as composições e a produção do meu primeiro álbum estava nas mãos de um produtor. Portanto agora estou incrivelmente feliz em ter toda a liberdade artística e ser capaz de fazer tudo da forma como eu imaginei ser. Eu agora também tive a chance de trabalhar somente com pessoas em quem confio e com quem me sinto confortável, o que é um grande privilégio. As músicas com certeza soarão mais pesadas, mas meu lado clássico ainda estará fortemente presente através da orquestra e do coral.

O: Há jum tempo atrás você se apresentou no Wetten Das...? junto com o Scorpions a música The Good Die Young. Como a ideia da colaboração entre vocês surgiu, e o qual foi a sua experiência com a TV alemã?

TT: Me apresentar no Wetten Das...? foi uma ótima experiência pra mim. É um programa muito popular na Alemanha, mas quase desconhecido na Finlândia. Eu já conhecia Thomas Gottschalk antes, então eu estava ansiosa para estar nesse programa. Klaus Meine do Scorpions me ligou e perguntou se eu queria participar de uma das músicas do seu novo álbum, isto é claro foi uma grande honra pra mim. Ele me deu duas músicas pra escolher e eu finalmente escolhi The Good Die Young. Em breve haverá uma segunda versão da música onde eu e Klaus faremos um dueto de verdade, o que me deixa muito feliz.

O: Em novembro você irá acompanhar a lenda do rock Alice Cooper na sua turnê Theatre of Death. Você é uma grande fã de Alice? E o que ele acha da sua versão de Poison?

TT: Estou muito feliz e animada com essa tour porque sou uma grande fã de Alice desde que eu era adolescente. Agora receber um convite para uma turnê com ele é realmente inacreditável. Agora as coisas estão acontecendo em minha vida, o que eu nem havia sonhado. Meu irmão mais velho me introduziu ao Alice, e dessa forma eu comecei a ouvir rock junto com música clássica. Até agora não tive chance de ter a opinião do Alece sobre meu cover, mas eu não acho que cantarei Poison nessa turnê, as pessoas certamente jogariam tomates em mim.

O: Quais experiências, sentimentos ou lugares mais te inspiraram a escrever What Lies Beneath? Você viajou muito nos últimos anos - isso certamente deve ter tido muitas influências em sua vida...
TT: Sim, é claro, porque eu levei meus pensamentos e emoções comigo quando viajo. Eu dificilmente estou na minha casa atal, mas sempre na estrada e em movimento, o que não é muito fácil para meus entes queridos entenderem. Mesmo com o meu pai eu não posso realmente falar sobre a vida como uma artista. Como artista você não tem um emprego fixo trabalhando por horas, mas você tem que ser flexível. Tanto quanto eu amo este trabalho, sempre me levra pra longe de minha casa em Buenos Aires, o que as vezes é muito difícil. Às vezes eu tinha que apenas ir para um lugar calmo ler um livro ou ir ao cinema ou passar um tempo com meu marido, caso contrário eu não seria capaz de lidar com toda essa turbulência. E tiro muita inspiração dos meus ambientes diretos, mas também do mundo inteiro e as coisas que eu vejo nas notícias frequentemente mexem comigo profundamente. What Lies Beneath tem algumas letras muito diretas, mas eu ainda quero margens para as interpretações. É muito importante pra mim que muitas pessoas podem encontrar elas mesmas em minhas músicas

O: My Winter Storm contém muito material composto por outros artistas. Você sempre tem um grande interesse em escrever suas próprias músicas. O What Lies Beneath oferece muitas músicas compostas por você?
TT: Sim, em comparação com minha contribuição com o What Lies Beneath é realmente grande. Não há nenhuma música nesse cd que eu não tenha contribuído. Sou a responsável pela produção inteira, a música e todos os outros elementos, esse álbum é 100% eu. What Lies Beneath é sobre mim, meus sentimentos, minha vida, o que há de profundo dentro de mim, nas pessoas ao meu redor e e no profundo da própria vida.
O título do álbum foi criado há dois anos e me inspirou a escrever as canções. Foi o mesmo com o My Winter Storm, o título foi criado muito antes e basicamente me forçou a escrever. Também estou muito contente que durante o trabalho em meu segundo CD eu pude superar minha timidez. Foi realmente difícil em meu álbum de estreia, porque foi um grande problma pra mim me abrir pra mim mesma, tornar claro o que eu quero e dizer algo quando as coisas vão contra o que eu queria. Isso foi muito difícil, mas agora é mais fácil pra mim mostrar meus sentimentos assim como falar com os compositores profissionais sobre minhas ideias. Minhas experiências me deram coragem ao longo do tempo.

O: Você vem trabalhando há um longo tempo no What Lies Beneath. Como você se sente agora que está finalmente concluído? Você está satisfeita com o resultado e como você se sente agora mais madura do que no começo da sua carreira solo?
TT: É claro que euj me sinto mais madura agora, porque tudo em minha vida é um lento processo de aprendizado e amadurecimento. Quando você mantém seus olhos abertos e sua mente acordada, você aprende muitas coisas novas fazendo música. Com o What Lies Beneath eu dei um passo enorme, porque dessa vez tudo está em minhas mãos. Dois anos atrás quando tudo começou e eu pela primeira vez tive que coordenar tudo, eu estava muito nervosa. Eu estava assustada em não ser capaz de fazer tudo sozinh. É claro, meu marido me apoiou tanto quanto possível, e me ajudou em tudo que podia, mas eu tinha que ouvir de colegas músicos que eles acreditavam em mim. Quando eles finalmente me disseram "É claro que você conseguir!" eu estava muito feliz. Eu achei que eu realmente não teria mais medo, quando eles acreditavam fortemente em mim, e eles me deram forças pra continuar cheia de energia. Sem todas aquelas ótimas pessoas ao me redor eu não estaria onde estou agora, e sou muito agradecida pelo apoio e amor que eles me deram. Com meu primeiro álbum eu aprendi a caminhar, com o What Lies Beneath e comecei a correr.