Era Uma Vez um Trovador


Um só poeta vagando por terras eu sou
Cantando, dançando e achando respostas para toda pergunta
As estalagens estão cheias e uma também cruza meu caminho
Talvez eu deva apenas me retribuir com uma cerveja, ou duas

Esta pousada é lugar de muitos contos românticos
No sótão mulheres ofertam seu ganha-pão
Mas meus olhos encontraram uma garota querida por todos
Uma escrava ela é, mas pra mim, uma rosa desbotada

Ouça-me cantar
veja-me dançar
Toque vosso alaúde
E compartilhe comigo esta dança

Enquanto ela dançava, meus olhos brilhavam
Lá estava ela, uma tão divina donzela
Como poderia eu me aproximar com meu tão pobre visual
Sua beleza sendo muito mais daquilo que eu poderia resistir

Então perguntei se eu podia cantar uma canção
Com uma linguagem antiga e inteligência
Juntaram-se os homens em nossa volta eu e a garota vestindo trapos
Logo eram as melodias ouvidas por todos

Ouça-nos cantar
Veja-nos dançar
Cante conosco este conto
Com um bater de palmas

As histórias há tempos esquecidas nós ainda sabíamos
Apresentando nossas habilidades onde fôssemos
Eu termino minha história quando recebo um beijo
De minha garota, a mais querida Beatrice

Ouça-nos cantar
Veja-nos dançar
Cante conosco este conto
Onde a música continuará viva